By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: TERRA – Imagem: Divulgação
“Acho que é um assunto de preocupação para o tribunal. Imagina se a
presidenta da República decide nomear um desses empreiteiros que está
preso lá em Curitba [na Lava Jato] como ministro dos Transportes ou de
Infraestrutura. [Com a nomeação de Lula] passamos a ter uma
interferência muito grave no processo judicial. Precisamos limitar as
coisas”, afirmou Mendes ao chegar ao STF.
Segundo o ministro, assim como no caso do ex-deputado Natan Donandon,
em que a Corte entendeu que a renúncia não serviu para ele deixar de ser
julgado pelo STF, o Supremo precia analisar se houve “desvio de
finalidade” na nomeaçao de Lula pela presidenta Dilma. De acordo com
Gilmar Mendes, como ministro Lula deixaria de ser investigado pela
13ª Vara Federal de Curitiba, primeira instância, para ter seu processo
analisado pelo STF.
”Já temos jurisprudência de que as renúncias de parlamentares para
fugir ao foro [privilegiado] seriam consideradas inválidas. Precisamos
fazer essa avaliação”. Para Mendes, o caso precisa de “meditação” do
tribunal.
“Se o tribunal, em uma questão de ordem, chegar à conclusão que, para
esses fins, a nomeação não é válida mantém-se o processo [de Lula] no
âmbito do primeio grau”, concluiu o ministro.
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