By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rodrigo Zub (Rádio Najuá) – Imagem: Rádio Najuá
Um reencontro aguardado pela família há mais de 15 anos. A mãe de Maria Edenise, Ana Maria Nebesniak, conta que a filha sabia desde os cinco anos sobre a existência de Beto e que estava sendo criada por um pai adotivo. “Desde os cinco anos eu contei pra ela. Esse teu pai aqui está criando você, mas ele não é teu pai verdadeiro. Ele não mora aqui, não sei onde está morando. Uns três anos atrás eu disse pra ela, a minha intuição diz que ele está no Mato Grosso. Isso não saia da minha cabeça e deu certo agora”, comemora Ana Maria.
Para o pai o reencontro com a filha foi marcado por momentos de emoção, nervosismo e apreensão. Beto saiu de Campo Novo do Parecis/MT na tarde de quarta-feira, 15, e chegou em Irati na manhã de sexta-feira, 17.
Enquanto aguardava a chegada da filha na Rádio Najuá, Beto não escondia a ansiedade. Em seu rosto estava estampado o semblante de aflição até mesmo no momento que tomou um copo de água para tentar se acalmar. “Quem não fica nervoso?”, disse Beto, que ainda não havia sido informado que a filha já estava na Rádio Najuá.
O suspense deixou o pai com os nervos à “flor da pele” a ponto de dizer que o coração “parecia que ia saltar pela boca”.
Em entrevista, momentos antes do reencontro, Beto falou qual era a sua sensação naquele momento. “Agradeço a Rádio Najuá e as pessoas que se empenharam para obter informações para encontrá-la. Graças a Deus consegui chegar aqui. A emoção, o coração está ponto de explodir, porque na verdade quem não tem uma emoção como essa. Tanto eu como ela vai sentir a mesma coisa. Muito grato pelo empenho de vocês e espero daqui para frente dê tudo certo. Estou com aquele aperto no coração, pois não estava esperando. Foi de uma hora para outra, foi uma coisa meio surpresa, mas quando eu descobri o endereço e o telefone dela eu rapidamente liguei pra ela, me identifiquei e percebi que ela chorou muito na hora. Muito gratificante”, descreveu Beto.
O pai se mostrava orgulho de dar o presente antecipado de aniversário para a filha, que completa 17 anos no dia 2 de dezembro.
Beto conversava com funcionários da Rádio quando seu instinto de pai apareceu. Ao ouvir a voz de uma moça nos corredores da emissora, o pai não tinha dúvidas que estava a poucos instantes de conhecer a filha, que deixou de ser um bebê para se tornar uma mulher.
Instantes depois estavam lado a lado pai e filha. O reencontro foi selado com um abraço e várias lágrimas rolaram nos olhos da filha e de todos que presenciaram a cena emocionante.
“Não precisa chorar agora nós estamos juntos”, disse o pai. Orgulhoso, o pai não pensou duas vezes em dizer que “a filha é bonita e tem para quem puxar”.
A diretora das Rádios Najuá AM e FM, Jussara Harmuch, que presenciou o reencontro, parabenizou o pai pela atitude de procurar a filha, assim que soube que ela estava residindo em Irati. “Eu parabenizo o senhor também. Foi muito forte, foi muito bonito, independente de qualquer coisa, o senhor ter assumido a filha, parabéns”, afirmou Jussara, que ainda destacou a forma como o pai acolheu Maria Edenise.
Geverson Vieira Duarte, filho mais velho de Beto, fez questão de acompanhar o pai na viagem e não largou um segundo da nova irmã. “Muito feliz por encontrar minha maninha. Estou aqui vim atrás dela. Foi uma emoção. No primeiro dia que falei no telefone com ela eu chorei. Ela chorou também.”, descreveu Geverson, que ressaltou a alegria de poder dar vários abraços “gostosos” na irmã.
Gilson, outro irmão por parte de pai de Maria Edenise, só não esteve em Irati acompanhado do pai por questões de vínculo trabalhista.
A mãe de Maria Edenise não escondeu a satisfação de ver que a filha conseguiu realizar o sonho de conhecer o pai. “Ela [Maria Edenise] cresceu sabendo da existência do pai. Só que uns três anos atrás ela se empenhou bastante para querer conhecer o pai. Ela me dizia tenho um pai que me criou, mas não é meu pai de sangue verdadeiro. Eu quero conhecer o meu pai. A gente tentou por outros meios, mas nunca conseguiu nada. Uma vez ela encontrou um Jeferson Vieira Duarte em Santa Catarina. Ela disse é meu irmão mãe. Ela começou a conversar com o cara, você é meu irmão, meu pai é Gilberto Vieira Duarte, o cara sumiu da internet nunca mais apareceu. Mais não era”, conta Ana Maria Nebesniak.
Jussara ainda enfatizou que o pai teve um gesto nobre de encarar a estrada e partir para o reencontro com a filha mesmo estando separado há mais de 2.200 km. “Muito nobre a atitude sua de acolher a filha”, descreveu a diretora das rádios Najuá AM e FM.
Beto respondeu o agradecimento lembrando que o reencontro foi gratificante.
“Uma viagem dessa não está nem prevista. Porque é um local muito longe. Aí quando eu soube não vi à hora de sair de lá e vir pra conversar. Pra mim é gratificante. Eu tinha vontade de ir à casa deles ontem [sexta-feira], mas respeitei a decisão de vocês de fazer o reencontro aqui na Rádio”, comentou o pai de Maria Edenise.
Segundo Ana Maria, a filha ainda tentou ligar durante a noite de sexta-feira, 17, para que o pai fosse até sua casa. Visivelmente emocionada, Maria Edenise não conseguiu expressar em palavras o que estava sentindo naquele momento. No entanto, as lágrimas, os abraços e a emoção estampados no rosto da adolescente mostravam o significado daquele momento aguardado há mais de 15 anos.
“Só de estar aqui já está tudo bom. Não consigo expressar”, resumiu Maria Edenise, consolada pelo pai que prometeu ficar mais perto da filha, a partir de agora.
Assista o encontro:
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS
IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU
CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.