By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Divulgação
Como já diz o nome, a escova de dente é um item de higiene pessoal, portanto não deveria ser usado por outras pessoas, seja quem for. A escova tem a função de remover a placa bacteriana da boca e, portanto, mesmo com o enxágue, alguns microrganismos vão permanecer nas suas cerdas. “Ao emprestar sua escova para outra pessoa, estará acontecendo o que chamamos de infecção cruzada, ou seja, você estará passando suas bactérias adiante e recebendo outras de volta”, diz Breno Nantes, cirurgião-dentista formado pela USP.
Porém, Breno garante que, embora deva ser evitado, esse
hábito entre adultos não traz problemas muitos sérios. “Quanto mais
pudermos evitar esse empréstimo da escova, melhor para nossa saúde
bucal. Mas essa infecção cruzada também acontece de várias outras formas
sem grandes danos a saúde bucal. Por exemplo, durante um beijo na boca
ou ao dividirmos alimentos ou talheres com outras pessoas”, diz.
Entenda por que é preciso trocar a escova a cada três meses
- Após um período de uso contínuo, a escova já não tem a mesma eficiência;
- Com três meses de uso, ocorre a deformação das cerdas, que perdem a eficácia, além de ser um meio de cultivo de fungos e germes;
- Quando o paciente tem uma escovação muito forte as cerdas são precocemente deformadas, antecipando a troca;
- O acúmulo de placa bacteriana pode causar gengivite, que, de forma
sistemática, pode ocasionar a circulação de bactérias na corrente
sanguínea, atingindo órgãos como coração e pulmão;
- Até quando você tem um resfriado, a troca da escova é importante para que não seja um novo foco de infecção;
- Após cada escovação, agite bem a escova e guarde na posição vertical para que não fique úmida;
Saliva dos pais x crianças
Porém, quando essa divisão da escova de dente é feita entre pais e filhos, existe um risco maior para a criança. “Os tipos de bactérias que existem na boca dos adultos são diferentes dos da criança, e esse uso compartilhado de escova pode favorecer um contato antecipado com bactérias que não são da microbiota (conjunto de microorganismo) normal da criança”, diz Cássio Fornazari Alencar, professor da disciplina de odontopediatria da FOUSP (Faculdade de Odontologia da USP).
Porém, quando essa divisão da escova de dente é feita entre pais e filhos, existe um risco maior para a criança. “Os tipos de bactérias que existem na boca dos adultos são diferentes dos da criança, e esse uso compartilhado de escova pode favorecer um contato antecipado com bactérias que não são da microbiota (conjunto de microorganismo) normal da criança”, diz Cássio Fornazari Alencar, professor da disciplina de odontopediatria da FOUSP (Faculdade de Odontologia da USP).
Saiba como as mães podem passar cárie para o bebê
Caso essa troca seja inevitável, existem alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a infecção cruzada. “Embora não seja 100% eficaz, vale usar soluções antissépticas para limpar a escova ou lavá-las bem em água corrente e, se possível, quente para evitar possíveis contaminações”, diz Breno.
Caso essa troca seja inevitável, existem alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a infecção cruzada. “Embora não seja 100% eficaz, vale usar soluções antissépticas para limpar a escova ou lavá-las bem em água corrente e, se possível, quente para evitar possíveis contaminações”, diz Breno.
Porém, para Cássio, no caso das crianças, a
possibilidade de uma contaminação não vale o risco. “Hoje sabemos que a
desorganização da placa bacteriana já é suficiente para que não ocorra a
cárie, então em uma falta de escova momentânea, deve-se utilizar uma
gaze ou uma fralda com a pasta para esfregar os dentes da criança”, diz o
especialista.
Evite seis erros e promova escovação eficaz:
- O ideal é, primeiramente, fazer um bochecho com água para reduzir a
acidez e só depois realizar a escovação. Caso seja possível esperar meia
hora, é ainda melhor. Durante esse tempo, a saliva consegue neutralizar
o pH da boca;
- Uma boa escovação dental não acontece em menos de dois minutos;
- Dividindo a boca em quatro partes (lados direito e esquerdo, em cima e
embaixo), deve-se escovar cada parte por pelo menos trinta segundos sem
se esquecer de escovar também a língua;
- Ao aplicar muita pressão na escovação, quem acaba saindo no prejuízo é o
esmalte dental, que tem justamente a função de proteger os dentes das
bactérias. O ideal é fazer movimentos circulares, tendo em vista que
escovar não significa esfregar com força;
- Ao lavar bem a boca, o indivíduo se livra de várias partículas, como
restos de comida, que poderiam contribuir para a formação do biofilme
bucal, também conhecida como placa bacteriana. Isso também previne que a
escova fique com restos de comida;
- A escova de dente deve ser devidamente limpa logo após a escovação para
não acumular restos de alimento e se transformar numa colônia de
bactérias;
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