segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Motorista é resgatado das ferragens na PR-438



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rodrigo Zub (Rádio Najuá) Imagem: Tadeu Stefaniak (Rádio Najuá)

Um motorista foi resgatado das ferragens após um acidente na manhã de hoje, na PR-438, no distrito de Guaraúna, em Teixeira Soares. Dirceu da Silva, de 45 anos, conduzia um veículo Fiat Uno quando perdeu o controle da direção, saiu da pista e colidiu contra um poste.
Inicialmente, havia informações de que três pessoas estavam no veículo. Por isso, vários órgãos de segurança foram acionados. Cerca de 20 pessoas, entre socorristas do SAMU de Ponta Grossa e do Corpo de Bombeiros de Irati prestaram atendimento no local. A retirada do único ocupante do carro durou cerca de uma hora.
O carro com placas de Irati seguia para Ponta Grossa. Dirceu é natural do município de Kaloré/PR e trabalha em uma empresa do ramo de eletricidade em Ponta Grossa. O acidente ocorreu no momento que a vítima se deslocava para o local de trabalho. De acordo com informações do doutor Bruno, da equipe do SAMU de Ponta Grossa, a vítima sofreu fratura no fêmur, na coxa e costela. O motorista foi socorrido em estado grave e encaminhado até um hospital em Ponta Grossa.
O morador João Xavier de Mello, que reside próximo do local do acidente, disse que ouviu um barulho na rede elétrica e acionou a Polícia Militar. “Ouvi o estrondo da rede de luz e sai pra fora para ver o que havia ocorrido. Não vi nada, só vi os cabos de alta tensão balançando e vim verificar o que era. Quando cheguei ao local o carro já estava virado de ponta cabeça. Tentei chegar perto, mas fiquei com medo devido à alta tensão, mas vi que tinha alguém vivo dentro”, comentou o morador.
Ele diz que funcionários da secretaria de Saúde de Teixeira Soares tentaram socorrer a vítima, mas não tiveram êxito. A ação foi dificultada porque o pé de Dirceu ficou preso no painel do carro.
“Minha patroa ligou para a polícia, que no mesmo momento entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e o SAMU. Eu achei que a pessoa tinha morrido, mas logo depois de uns dez, 15 minutos que eu tinha chamado a polícia, eu escutei um gemido e tentei conversar. Ele não respondeu, mas dava pra ver que a pessoa estava viva. É triste uma coisa dessas. Já passei por uma coisa dessas. Foi um trabalho muito bem feito. [Bombeiros e Socorristas] Atenderam muito bem”, enfatizou João Xavier de Mello.
Resgate da vítima
O aspirante Everton, do Corpo de Bombeiros, também foi ouvido pela reportagem da Najuá. Ele falou das dificuldades do resgate da vítima. “Aqui foi difícil acesso. Como a vítima bateu em um poste tivemos que acionar a Copel, que teve que fazer o desligamento da energia. Foi difícil acesso porque o carro está capotado e virado para baixo. Mas com a ferramenta de corte nós pudemos acessar a vítima. Fizemos o acionamento da Copel em virtude do risco elétrico”, conta o Aspirante.
Everton orienta a população sobre a importância de acionar os órgãos de segurança e repassar o maior número de informações possíveis, o que pode auxiliar no atendimento as vítimas. “Populares passarem informações que eram três vítimas. Deslocamos três ambulâncias, mas ao chegarmos ao local constatamos que era somente uma vítima. Falaram que tinha uma vítima ejetada. Informaram que havia outra vítima no local. Graças a Deus eram menos vítimas, mas, enfim, acabamos mobilizando um recurso desnecessário por falta de coerência na passagem de informação dos populares”, avalia Everton.
De acordo com o Aspirante, algumas informações importantes que podem ser levantadas por pessoas que acionam os órgãos de segurança são: endereço ou local do acidente, tipo de colisão, número de vítimas e possibilidade de choque elétrico.
“Se tiver risco não se aproxime. É importante salientar o cuidado na hora de repassar informações, principalmente quando são mobilizados recursos em locais de difícil acesso como aqui, porque acabamos disponibilizando viaturas a mais e acabamos desguarnecendo outras cidades”, complementa o Aspirante.
Por outro lado, Everton concorda que o número de bombeiros e socorristas no local do acidente ajudaram no resgate da vítima, em virtude da complexidade do atendimento.
“Além de nós cortamos o carro e levantar o carro com a ferramenta expansora, tivemos que expandir o carro com o painel de cabeça pra baixo, o que é uma situação bem complexa, mas conseguimos graças a Deus. A vítima teve somente fraturas fechadas, nenhuma fratura exposta. Pelo mecanismo de trauma, o cenário poderia ser bem mais grave”, ressalta Everton. 

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