Educação aprova garantia de alfabetização na rede pública pelo sistema braile

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: Lidyane Barros (Rádio Câmara) 

Comissão de Educação aprova projeto de lei (PL 444/11) que assegura a alfabetização de alunos, nas escolas públicas e privadas, pelo sistema de leitura em braile.
A proposta, do deputado Walter Tosta, do PMN de Minas Gerais, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para garantir que alunos com deficiência visual tenham acesso à alfabetização e ao letramento em braile.
Na justifica da proposta, Walter Tosta, propõe a adequação do sistema de ensino nacional para atender as necessidades de alunos com deficiência visual. Para isso, as instituições de ensino deverão qualificar seus profissionais para receber e alfabetizar esses alunos.
O relator do projeto, deputado Izalci, do PSDB do Distrito Federal, afirma que é obrigação do Estado oferecer a alfabetização de pessoas com deficiência visual.
"Eu apresentei um substitutivo ao projeto para reforçar ainda mais a intenção da lei. E essa lei ela vem exatamente garantir a esses alunos, que possam ter realmente o apoio do Estado, como obrigação do Estado, inclusive das instituições privadas também, essa obrigação de oferecer aos educandos com deficiência visual a alfabetização e a leitura em braile."
Segundo a assessora de Serviços de Apoio à Inclusão da Fundação Dorina Nowill para Cegos, Eliana Cunha Lima, a alfabetização pelo sistema em braile é fundamental para o desenvolvimento cognitivo das crianças.
"Essa aprovação ela vem contribuir e muito para as pessoas com deficiência visual, pois ela ratifica a importância do aprendizado do sistema braile para as pessoas cegas ou com baixa visão profunda. Como nós sabemos a questão do aprendizado, do sistema braile, é fundamental para o desenvolvimento do cognitivo e de aprendizagem e alfabetização das crianças. Algo que na idade adulta vai contribuir bastante, mais que é opcional. Contribui mais é opcional. Já nas crianças, é fundamental para que haja desenvolvimento dessas crianças. Poderemos dizer, com certeza, que o sistema braile equivale ao aprendizado em tinta e papel que as crianças enxergam e realizam."
Ainda de acordo com Eliana Cunha, a capacitação dos profissionais para atuar com os alunos deficientes é menos complexo do que se imagina.
Ela afirma que em 20 horas de treinamento é possível habilitar professores e profissionais para que acompanhe alunos com deficiência visual dentro de sala de aula.
A proposta que obriga a alfabetização de alunos pelo sistema de leitura em braile segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça.

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