By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Tomás Baggio (G1 Noticias) – Imagem: Tomás Baggio
A esperança bateu novamente à porta do catador de latinhas Marinô Pascoal de Melo, de 45 anos, morador de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. Exatos 20 dias depois da história dele emocionar internautas de todo o Brasil, o homem que juntou R$ 28 mil durante dez anos de trabalho e viu o dinheiro sumir da mochila onde ficava guardado, no armário do quarto, teve nesta sexta-feira (6) a certeza de que poderá realizar o sonho de comprar o próprio imóvel.
Desde que o furto foi noticiado pelo G1, uma corrente solidária começou nos comentários da reportagem e a campanha cresceu nas redes sociais. A responsável pela arrecadação, Fabiana Andrade, chegou a viajar 580 quilômetros de Baependi, em Minas Gerais, até Cabo Frio, para conhecer Marinô e a família dele. Até esta sexta-feira, a campanha na internet arrecadou R$ 23.342,00. Mas a boa notícia do dia foi o saldo da conta bancária de Marinô, que também recebeu doações anônimas e agora contém R$ 2 mil. A soma do dinheiro que está na conta com o valor arrecadado na campanha online já é suficiente para a compra da quitinete no valor de R$ 25 mil que estava nos planos de Marinô.
"Foi uma surpresa quando vimos que tinha R$ 2 mil na conta. Agradecemos a todos que estão ajudando e temos fé que tudo vai terminar bem", diz a mãe de Marinô, Neide Pascoal de Melo, que é legalmente responsável pela conta bancária do filho.
Apesar das doações feitas diretamente na conta de Marinô, a organizadora da campanha online afirma que a arrecadação vai continuar até a meta de R$ 28 mil ser atingida. Com o valor integral, Fabiana voltará a Cabo Frio para entregar o dinheiro.
"Meu objetivo é arrecadar a quantia integral o mais rápido possível e voltar a Cabo Frio para entregar o dinheiro. Também pretendo ajudar o Marinô a encontrar outro imóvel no mesmo valor, já que a quitinete que ele ia comprar já foi vendida", afirma Fabiana.
Ela diz que se envolveu com a história porque viu em Marinô o exemplo de um homem simples que trabalhou durante muito tempo para juntar o dinheiro furtado. "Eu fiquei muito comovida ao ler a reportagem no G1 contando a história dele. É triste ver um trabalho de dez anos sendo perdido dessa forma. Mesmo antes de conhecer o Marinô pessoalmente, eu vi nele uma pessoa com força de vontade, que com todas as dificuldades juntou o seu dinheiro trabalhando honestamente. Por isso, eu fiz questão de vir conhecer a família, inclusive para mostrar que a campanha é séria também", afirmou Fabiana Andrade durante a visita.
Autoria do furto foi descoberta e objetos foram devolvidos
Foi grande a surpresa da família Pascoal de Melo ao descobrir que duas sobrinhas de Marinô, de 13 e 14 anos, estavam envolvidas no furto. Segundo a polícia, elas tiveram a ajuda de uma colega da escola, de 14 anos, e da mãe desta amiga, que teria incentivado as meninas a furtarem o dinheiro. Com o desfecho da investigação, parte do material comprado com o dinheiro do furto começou a ser destinado pela polícia à família. Entre os itens recebidos estão uma geladeira, uma mesa com quatro cadeiras, uma televisão e uma cama box de casal, além de aparelhos eletrônicos como celulares e tablets. Segundo o delegado-titular da 126ª DP (Cabo Frio), o furto foi realizado aos poucos.
As duas sobrinhas descobriram que ele tinha o dinheiro e começaram a furtá-lo aos poucos. Elas envolveram uma amiga e, posteriormente, a mãe dessa amiga descobriu tudo. Só que ela incentivou o crime e as meninas continuaram furtando até a vítima descobrir", explicou o delegado Luiz Cláudio Cruz, acrescentando que as menores poderão responder por furto, enquanto a mãe de uma das meninas de 14 anos será acusada de corrupção de menores. O processo será respondido em liberdade.
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