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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: AEN – Imagem: DivulgaçãoPesquisadores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) têm
instruído pequenos agricultores a fazer manejo florestal sustentável em
propriedades rurais na região Centro-Sul do Paraná. O projeto Imbituvão,
que funciona há mais de 15 anos, trabalha nas frentes de pesquisa e
extensão com o foco em ações na Floresta Ombrófila Mista. Além do
plantio de grãos e criação de animais, comuns na região, o projeto
permite a expansão das possibilidades de renda dos agricultores com o
cultivo de árvores e apicultura.
Com ajuda do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o
projeto mapeou 36 propriedades rurais com potencial de trabalhar o
manejo florestal na região da bacia hidrográfica do Rio Imbituvão.
Dessas terras, 24 passaram a integrar os experimentos do projeto,
totalizando 9,54 hectares distribuídos em 53 parcelas permanentes de
Floresta Ombrófila Mista.
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A primeira fase do Imbituvão focou no diagnóstico das propriedades
selecionadas. “A ideia inicial do projeto era fazer um manejo
experimentalmente nos remanescentes de floresta com araucária nas
pequenas propriedades, para provar que ele funciona, não desmata, é
viável e conserva a floresta”, explica o coordenador do Imbituvão,
professor Afonso Figueiredo Filho. “Quando fizemos o inventário, para
avaliar o que tínhamos no momento, nos preocupamos de instalar essas
parcelas para monitorar a dinâmica da floresta”.
A primeira medição feita pela equipe foi em 2011, com esse processo
sendo refeito a cada três anos para acompanhamento. “Para fazer um
manejo florestal, você precisa conhecer o estoque de madeira que a
floresta tem, saber como ela cresce. Se você vai cortar uma certa
quantidade de madeira, vai colher uma certa quantia de árvores, você tem
que saber qual é a capacidade que a floresta tem de repor o que você
cortou e em quanto tempo ela faz isso”, explica.
As saídas a campo do projeto permitem coletar fragmentos de diversas
espécies, que são analisadas no Laboratório de Manejo Florestal e
resultam em dezenas de pesquisas científicas de mestrado e doutorado. “A
gente aproveita a extensão para fazer pesquisa. Tudo o que a gente faz
lá, em geral, gera dados para pesquisa”, afirma.
Entre as atividades desenvolvidas pela equipe do Imbituvão estão
inventários florestais, produção e plantio de mudas, enriquecimento e
manejo florestais, educação ambiental nas escolas e investimentos nas
associações de apicultores e agricultores.
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O projeto está auxiliando na instalação e manutenção de colmeias para
a produção de mel em Fernandes Pinheiro. “O projeto deu um apoio muito
forte à Associação de Apicultores e Meliponicultores de Fernandes
Pinheiro, a Amfepi, assumindo o encaminhamento de projetos para
construir uma unidade de beneficiamento de mel. Nós equipamos essa
unidade com os acessórios necessários para trabalhar com mel”, conta
Afonso.
HISTÓRIA
A ideia do Imbituvão surgiu ainda em
2009, quando o professor recebeu Thorsten Beimgraben, docente da
Universidade de Rottenburg, na Alemanha, para uma visita às instalações
da Unicentro. Mais tarde, a aproximação das universidades rendeu um
acordo para o intercâmbio de estudantes e professores via Programa de
Parcerias Universitárias Brasil-Alemanha (Unibral).
A instituição alemã fez os primeiros investimentos no Imbituvão, que
depois conquistou recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) e hoje conta com financiamento da
Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), através da Secretaria da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).
Ao longo dos 15 anos, dezenas de professores e cerca de 60 estudantes
de graduação e mais 60 profissionais recém-formados já passaram pela
equipe.
Um deles foi o engenheiro florestal Alison Margraf, que atuou como
bolsista do Imbituvão por quatro anos – dois durante a graduação e
outros dois como profissional. Para ele, integrar as ações do projeto
agregou aprendizados a mais na sua formação. “As trocas de experiências
com os produtores rurais fizeram eu conhecer novas culturas, ampliando a
minha visão de mundo. Vivenciar a engenharia florestal na prática
ajudou a desenvolver uma melhor compreensão dos conhecimentos teóricos
estudados na sala de aula”, pontua.
Outra ação de destaque do Imbituvão foi a ajuda a agricultores da
região na adesão ao projeto Estradas com Araucárias, da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Governo do
Estado. A iniciativa incentivou financeiramente produtores rurais a
plantar araucárias na beira de estradas e nos limites de suas
propriedades, pagando R$ 1 mil a cada 100 araucárias plantadas por ano.
Os recursos são oriundos de empresas que pagam multas como compensação
dos gases de efeito estufa que emitem.
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Atualmente em sua quinta
fase, o Imbituvão tem trabalhado com o controle da uva-do-japão. Segundo
Afonso, essa é uma espécie invasora, que atrapalha o crescimento de
outras árvores nativas, como as araucárias. “Ela compete com as outras
espécies em desigualdade, porque ela avança muito, cresce em qualquer
lugar e bastante. A ideia é manejar a uva-do-japão para tentar controlar
a expansão, mas gerando alguma coisa para o pequeno proprietário e
analisando o efeito disso na evolução da floresta”, descreve.
O agricultor João Taiok, que é representante da Associação dos
Agricultores São João Batista do Assungui, conta que a equipe do
Imbituvão fez o manejo florestal na região de atuação da entidade, com o
plantio de eucaliptos para recuperação de áreas degradadas e o controle
da uva-do-japão. “Essas atividades beneficiaram os produtores rurais de
várias maneiras. Com a retirada da uva-do-japão, trouxe um proveito
econômico para os agricultores da Associação, além de fortalecer a
atividade produtiva do eucalipto”, avalia.
A equipe do Imbituvão também tem trabalhado com plantio de mudas de
araucárias, erva-mate e outras espécies. Três propriedades têm sido
espaço desses últimos experimentos, localizadas nos municípios de Ivaí,
São Mateus e Inácio Martins PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP.
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