quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Polícia investiga conduta de médico suspeito de violação sexual mediante fraude e que foi agredido com marteladas em Irati

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a conduta do médico agredido com marteladas em uma Unidade Básica de Saúde em Irati, na região central do Paraná. 
O delegado responsável pelo caso, Diego Troncha, disse que o médico está sendo investigado pelo crime de violação sexual mediante fraude. A agressão ao profissional foi apurada em outro inquérito 
O crime de que o médico é suspeito é descrito no Código Penal da seguinte forma: "ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima".  
Em caso de condenação, a pena é de dois a seis anos de reclusão. 
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O episódio aconteceu na semana passada na Unidade Básica de Saúde Adhemar Vieira de Araújo, no centro da cidade. A agressão foi filmada por uma testemunha. 
A polícia afirma que o jovem de 18 anos, indiciado pelas agressões, estava com a companheira, uma adolescente gestante de 16 anos, em uma consulta de pré-natal.
O advogado Jeffrey Chiquini atua na defesa do jovem e afirma que clínico geral iria fazer o exame de ultrassom na gestante e "desnecessariamente tentou baixar à força calça e roupa íntima" da paciente.
"O procedimento foi imediatamente interrompido pela adolescente, que se sentiu ultrajada e violada. Não bastasse, após a evidente violência obstétrica e importunação sexual, o médico foi agressivo e ofensivo com o jovem casal, bloqueando a saída do consultório", afirma o advogado.  
Em nota, o médico afirma: "Espero que esta investigação sirva para dar elementos para a condenação do criminoso que me agrediu. Eu e a secretaria de saúde prestaremos todas informações necessárias para o pronto esclarecimento deste triste episódio". 
Inquérito sobre agressão foi concluído
A Polícia Civil finalizou o inquérito sobre a agressão e afirmou que o jovem fez uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. 
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O delegado Diego Troncha, também responsável pelo caso, afirma que o indiciado estava acompanhando a companheira em uma consulta de pré-natal na parte da manhã.
"Eles ficaram descontentes com o atendimento, por acharem que o médico, de 57 anos, havia abusado sexualmente da paciente, quando abaixou um pouco a calça dela para realizar o exame. Nesse momento, o autor, que estava dentro do consultório, interveio, dizendo que não era para fazer aquilo", relata Troncha.
Segundo a investigação, o médico chamou uma enfermeira para explicar como é feito o exame. O casal foi embora, mas voltou depois.
"Eles bateram na porta do consultório e, quando o médico abriu, o autor passou a golpeá-lo na cabeça com um martelo, sendo impedido por funcionárias que trabalham no posto de saúde. Após o ocorrido, os dois fugiram do local, abandonando o martelo na rodoviária de Irati", afirma o delegado. 
O suspeito foi localizado e preso no mesmo dia.
Caso condenado, pode receber pena de 12 a 30 anos de reclusão, diminuída de um a dois terços por não ter consumado o crime, diz Troncha.
O nome dele não foi revelado.
Jeffrey Chiquini, advogado de defesa, afirma que o fato não configura tentativa de homicídio, e sim lesão corporal. Ele acusa o médico de violência obstétrica e importunação sexual. 
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