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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO mercado de trabalho no Brasil registra recorde histórico de
trabalhadores ocupados e, consequentemente, o patamar mais baixo de
desemprego em quase uma década. É o que apontam os dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada
nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, o
país encerrou o trimestre terminado em setembro com taxa de desemprego
em 7,7% - patamar mais baixo registrado desde o trimestre terminado em
fevereiro de 2015.
Em números absolutos, o desemprego
atingia 8,3 milhões de brasileiros, cerca de 100 mil a menos na
comparação com o trimestre imediatamente anterior, terminado em junho
deste ano, e 1,1 milhão a menos que o registrado em setembro do ano
passado, o que corresponde a uma queda de 3,8% no trimestre e de 12,1% no ano.
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Segundo a pesquisadora, o grande destaque do levantamento é o aumento
do trabalho formal no país. Na comparação com o trimestre terminado em
junho, a ocupação no mercado de trabalho avançou 0,9%. Em números
absolutos, isso corresponde a quase 1 milhão (929 mil) pessoas a mais
trabalhando no país, sendo que mais da metade (587 mil) foi contratada
com carteira de trabalho assinada.
“Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a
da informal. Não que a informalidade tenha caído. Chegamos a 39 milhões
de pessoas trabalhando na informalidade, o que é um contingente
significativo ”, destacou Adriana.
Em números absolutos, o mercado de trabalho absorveu 631 mil
trabalhadores formais e 299 mil informais no trimestre. A taxa de
informalidade chegou a 39,1%, ficando estável na comparação trimestral.
Destaque dos serviços financeiros e locação de mão de obra
De acordo com o IBGE, dentre os dez setores econômicos analisados pela
pesquisa, na comparação trimestral, o único que registrou aumento
significativo no número de ocupados foi o de informação, comunicação e
atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas,
que absorveu 420 mil trabalhadores.
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“Embora essa atividade tenha se destacado no pós-pandemia por causa dos
serviços de tecnologia da informação, agora tem registrado expansões
seguidas não só relacionadas a esse segmento, mas também aos serviços de
locação de mão de obra, administrativos, jurídicos e financeiros. Além
disso, boa parte do crescimento do trabalho com carteira assinada no
trimestre veio por meio dessa atividade”, explicou Beringuy.
Também teve destaque no trimestre o segmento de administração pública,
com incremento de 207 mil ocupados. Segundo Adriana, esse crescimento se
deve a um movimento sazonal do setor público.
Já na comparação anual, o maior aumento de ocupados foi observado na
administração pública (685 mil), seguido pelo de informação, comunicação
e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas
(617 mil).
Rendimento tem ganho real
O rendimento médio real no país foi estimado em R$ 2.982 em setembro.
De acordo com o IBGE, considerando os efeitos da inflação no período,
houve ganho real para o trabalhador brasileiro.
Na comparação trimestral, o aumento no rendimento médio foi de R$ 49,
enquanto no ano chegou a R$ 120, valores que correspondem a uma alta de,
respectivamente, de 1,7% no trimestre e 4,2% no ano.
Segundo a coordenadora da Pnad, o aumento do rendimento médio partiu dos
empregados com carteira no setor privado, empregados no setor público e
trabalhadores por conta própria.
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Com o aumento do rendimento médio, a massa de rendimentos no país,
estimada em R$ 293 bilhões, atingiu novamente o maior patamar da série
histórica da pesquisa . Frente aos três meses anteriores, o aumento foi
de 2,7%.
“Diante de uma expansão da população ocupada, temos como resultado o
aumento da massa de rendimento real. Essa alta pode ter influência da
maior participação de trabalhadores formais no mercado de trabalho, que
têm, em média, rendimentos maiores”, analisa a pesquisadora.
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