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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO senador Marcos do Val (Podemos-ES) acusou nesta quinta-feira (2) o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de organizarem uma reunião, em dezembro, para propor o envolvimento do senador em um plano golpista.
Marcos do Val chegou a dizer nesta quinta, em rede social, que pediria
afastamento do mandato. Ele foi eleito em 2018 e, com isso, tem mandato
vigente até 2026. No fim da manhã, do Val voltou atrás e afirmou que
"estuda" pedir afastamento do cargo de senador.
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A Polícia Federal solicitou, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que seja tomado depoimento de Marcos do Val
na investigação que apura atos golpistas. Silveira foi preso nesta
quinta-feira por decisão de Moraes, devido ao descumprimento de medidas
cautelares (entenda aqui).
Do Val afirma que a proposta de Silveira envolvia não desmobilizar os
acampamentos golpistas e, enquanto isso, gravar sem autorização alguma
conversa que comprometesse Alexandre de Moraes, que também preside o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Eles me disseram: 'Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma
equipe para dar suporte, e você vai ter uma audiência com Alexandre de
Moraes, e você conduz a conversa pra dizer que ele está ultrapassando as
linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre
será preso'", relatou Do Val ao g1.
O senador diz que a proposta foi verbalizada pelo então deputado Daniel
Silveira (PTB-RJ) – Bolsonaro estava na mesma reunião e indicou
concordar com a ideia.
Marcos do Val diz que pediu para analisar a proposta e responder em um
segundo momento. E que, em seguida, relatou o caso ao próprio ministro
Alexandre de Moraes. Ainda de acordo com o senador, Moraes ficou
surpreso e considerou a proposta "um absurdo".
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Marcos do Val divulgou, ainda, dois prints de conversas por WhatsApp
com Daniel Silveira. Nas mensagens, Silveira diz que tem "escutas usadas
pelas operações especiais".
"Se aceitar a missão, parafraseando o 01 [Jair Bolsonaro], salvamos o Brasil", diz Silveira.
O post em rede social
Na publicação, feita ainda na madrugada, Do Val cita problemas recentes
de saúde e diz que vem sendo alvo de ofensas – o que tem sido "muito
pesado para a minha família", diz o parlamentar.
"Após quatro anos de dedicação exclusiva como senador pelo Espírito
Santo, chegando a sofrer um princípio de infarto, venho através desta,
comunicar a todos os capixabas a minha saída definitivamente da
política", afirma o post.
"Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do Senado
e voltarei para a minha carreira nos EUA. Nada existe de grandioso sem
paixão. Essa paixão não estou tendo mais em mim", afirma em outro
trecho.
A suplente de Marcos do Val no Senado é Rosana Foerst. Até 2021, o nome
de Rosana constava como gerente de Benefícios e Transferência de Renda
da Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do
Espírito Santo.
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Na quarta, após a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para comandar o
Senado pelos próximos dois anos, Marcos do Val discutiu em uma live com
representantes do Movimento Brasil Livre.
O MBL, grupo político de direita, "acusava" Do Val de ter votado em
Pacheco na disputa contra o senador Rogério Marinho (PL-RN) –
ex-ministro de Jair Bolsonaro e considerado o "candidato do
bolsonarismo" ao comando do Senado.
Marcos do Val abriu uma live no Instagram para refutar essas falas e
incluiu, na transmissão, dois membros do MBL. Como resultado, o senador e
os ativistas protagonizaram um bate-boca.
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