Os parlamentares pedem a suspensão das licitações dos lotes um e dois das concessões de rodovias do estado, previstas para ocorrer ainda este ano.
O presidente da Frente Parlamentar do Pedágio na Assembleia Legislativa
do Paraná (Alep), Arilson Chiorato (PT), deve entregar o documento
pessoalmente à equipe de transição em Brasília, nesta quinta-feira (10).
O modelo atual, que tem o apoio do governo do estado, prevê cobrança de
pedágio em mais de três mil quilômetros de rodovias, divididas em seis
lotes. São 15 novas praças e obras que incluem duplicações, contornos e
viadutos.
A equipe do presidente eleito defende um pedágio de manutenção, com discussão pontual sobre futuras obras.
Chiorato afirmou que o plano é ter um preço similar ao de Santa
Catarina e ter uma discussão pontual das novas obras, dos novos trechos.
Dessa forma, os trechos onde houver obras teriam uma tarifa maior.
“A gente retomar a manutenção a trafegabilidade, manter a economia em
alta e fornecer o serviço de socorro médico, de sinalização, de
manutenção de rodovias, de guincho durante esse período e se discutir em
paralelo as novas obras, novos investimentos, as duplicações que o povo
paranaense almeja."
Diante das diferenças entre as propostas de concessão, a frente
parlamentar defende que os lotes não devem ser licitados agora.
“Esse tema é um tema que tem que ser debatido agora sob o risco de que o
Ministério da Infraestrutura e a ANTT insistam em fazer a licitação,
mesmo sabendo que há uma divergência em relação ao tema do governo
eleito”, defende o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD).
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“Um edital como esse não vai demorar menos de 60 dias para realmente
acontecer. Então, é claro que um novo governo poderia entrar e suspender
até mesmo o processo licitatório dando start a um novo. Então, para que
não haja confusão, para que não haja idas e vindas gerando algum tipo
de instabilidade no processo, o ideal é que, se o lançamento ocorrer
agora, que isso seja de fato alinhado entre essas duas frentes."
A frente parlamentar também vai entregar o ofício à ANTT. O governo do
estado preferiu não comentar a manifestação dos deputados.
O Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná (DER-PR) disse, em
nota, que prioriza garantir uma tarifa justa, com execução de obras e
total transparência de todo o processo.
A nota informa ainda que a iniciativa foi discutida junto à sociedade
civil e ao Legislativo, com audiências públicas em todo o Paraná, para
chegar ao modelo atual de concessões.
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O objetivo, segundo a nota, é que a transição ocorra da forma mais
tranquila possível e sem qualquer prejuízo ao trabalho técnico, que
sempre tratou o processo como política de Estado e não de governo.
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