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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: GMAIS NOTICIAS – Imagem: Élio Kohut
(Intervalo da Noticias)Após ser questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reconheceu o risco de aumento
das tarifas do pedágio com as novas concessões de rodovias do Paraná
que devem ser feitas até o final do ano pelo governo federal. De acordo
com a nota técnica, a ANTT admitiu que o leilão dos seis lotes em
disputa pode ter poucos participantes. A informação é do deputado
estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), que integra a Frente Parlamentar
do Pedágio da Assembleia Legislativa, e teve acesso ao documento.
Em dezembro, o TCU questionou a ANTT sobre a ausência de informações
sobre obras não executadas ou em execução, estudos atualizados do fluxo
de veículos em razão da ampliação da malha ferroviária e dados mais
conclusivos em relação ao formato do leilão.
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Na resposta, em forma de nota técnica encaminhada ao TCU na
quarta-feira (12), a ANTT informa que há possibilidade de aumento nas
tarifas causado pelas chamadas “obras de terceiros”. São obras que estão
sendo realizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná
(DER/PR, por meio de convênios ou decorrentes de acordos de leniência ou
determinação judicial em trechos que compõe o programa de concessão.
“É prerrogativa do Poder Concedente alterar unilateralmente o
contrato para inclusão de investimentos, inclusive as obras de terceiros
previstas no contrato. Caso seja atribuída responsabilidade não
prevista inicialmente, será realizada a recomposição do equilíbrio
econômico financeiro do contrato”, aponta o documento redigido pelos
técnicos da Agência.
CONCENTRAÇÃO
Questionada pelo TCU sobre o modelo de licitação, a ANTT também
reconhece que o setor de infraestrutura rodoviário está “relativamente
concentrado o que se reflete no número de players (2) participantes dos
últimos certames a nível federal”.
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A ANTT informa ainda que planeja publicar um único edital para os 6
lotes rodoviários e realizar leilões sequenciais e não simultâneos.
“Como mencionado, os 6 lotes são “conectados”, dado que fazem parte da
mesma malha estadual e foram modelados conjuntamente”, traz a nota
técnica.
Frente ao cenário macroeconômico e a situação política do país, o
deputado Romanelli afirma ser improvável a presença de empresas
internacionais na licitação. Apesar de a ANTT afirmar que sondagens de
mercado indicam que novos grupos estão estudando o programa.
“A inflação que estamos vivendo, as incertezas na gestão do país e o
risco Bolsonaro não trazem investimentos estrangeiros para o Brasil.
Estaremos na mão de dois grupos tradicionais, empresas que conhecemos
bem aqui no Paraná e que, infelizmente, não são cumpridoras de
contratos”, prevê.
“São situações preocupantes que comprovam que todo esse projeto
montado pelo Governo Federal precisa ser revisto. Há o risco de as
rodovias do Paraná ficarem, mais uma vez, na mão das mesmas empresas que
não cumpriram contratos resultando em tarifas altas e prejuízos para
toda a economia”, afirma Romanelli.
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