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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Com a leitura dos requerimentos e a publicação no "Diário Oficial do
Senado" desta quinta-feira (7), as comissões ficam oficialmente criadas,
mas a instalação para funcionamento depende da indicação dos
integrantes pelos líderes dos blocos partidários.
De acordo com a Secretaria-Geral do Senado, mesmo com a leitura por
Pacheco, até o fim desta quarta-feira, senadores podem retirar
assinaturas dos pedidos de criação.
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Embora criadas, as comissões somente deverão funcionar após as eleições
de outubro, conforme acordo firmado entre Pacheco e líderes
partidários.
A CPI do MEC busca apurar as denúncias de que pastores teriam intermediado a liberação de recursos
do Ministério da Educação. O escândalo levou à prisão no mês passado do
ex-ministro da pasta Milton Ribeiro. Ele foi solto no dia seguinte, mas
as investigações continuam.
A Polícia Federal baseou a operação que levou à prisão de Ribeiro em
indícios de irregularidades na liberação de verbas do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC. Ribeiro é
investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia
administrativa e tráfico de influência.
Para fazer frente à CPI do MEC, a base governista passou a defender a
leitura dos requerimentos de CPIs de interesse do governo.
Uma dessas CPIs busca investigar o crime organizado e o narcotráfico.
Outra pretende apurar eventuais irregularidades em obras inacabadas de
governos anteriores.
As comissões criadas nesta quarta são as seguintes:
- CPI do MEC: apresentada pela oposição. Busca investigar corrupção no ministério (11 titulares e 7 suplentes, prazo de 90 dias, limite de despesas de R$ 90 mil).
- CPI do Narcotráfico e Crime Organizado: defendida pelos governistas. Objetivo é investigar narcotráfico nas regiões Norte e Nordeste e atuação de organizações criminosas dentro e fora dos presídios (11 titulares e 7 suplentes, prazo de 180 dias, limite de despesas de R$ 150 mil).
- CPI das Obras Inacabadas: defendida pelos governistas. Quer investigar obras atrasadas de governos anteriores (11 titulares e 7 suplentes, prazo de 120 dias, limite de despesas de R$ 110 mil).
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Outra comissão já oficialmente criada, mas que ainda aguarda a indicação de membros, é a CPI do Desmatamento na Amazônia.
Dois requerimentos sobre esse tema já tinham sido lidos. Os pedidos
foram unificados em uma única CPI. Com isso, o Senado terá quatro novas
comissões de investigação.
Composição
As vagas nas CPIs criadas são divididas de acordo com o tamanho dos blocos parlamentares.
Conforme a Secretaria-Geral do Senado, a distribuição das 11 vagas titulares das CPIs ficará assim:
- Bloco Unidos pelo Brasil (MDB e PP): 3 vagas;
- Bloco Juntos pelo Brasil (Podemos e PSDB): 2 vagas;
- Bloco da Resistência Democrática (PT, Pros, PSB e Rede): 2 vagas;
- Bloco PSD/Republicanos: 2 vagas;
- Bloco Vanguarda (PL e PTB): 1 vaga;
- Bloco União Cristã (União Brasil, PSC e Cidadania): 1 vaga.
O acordo para adiar o início do CPI do MEC para depois das eleições causou descontentamento na oposição.
Autor do pedido de criação da CPI, o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), disse que se retirou da reunião com os senadores e Pacheco na
qual foi tomada essa decisão.
Segundo ele, no encontro estavam querendo “acertar juízo de
conveniência e oportunidade” para a instalação da comissão de inquérito.
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"CPI é direito constitucional da minoria parlamentar. Não existe a
possibilidade de não ser instalada. Não pode ser obstruída. Se os
líderes partidários não fizerem indicação, nós iremos ao STF para que a
Constituição Federal seja cumprida", disse em uma rede social.
A solução de recorrer ao Supremo foi adotada no ano passado por
Randolfe Rodrigues e pelos senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Jorge
Kajuru (Podemos-GO) em relação à CPI da Covid.
Na ocasião, Pacheco nem sequer admitia ler o requerimento de criação da comissão, mas foi obrigado a fazê-lo por determinação do Supremo, após ação impetrada no tribunal pelos senadores.
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