quinta-feira, 24 de março de 2022

Vítima de tentativa de feminicídio em Irati faz campanha para ajudar caminhoneiro

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA Imagem: Divulgação
A vítima da tentativa de feminicídio ocorrida no dia 8 de março, no campus da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), em Irati, está promovendo uma campanha para ajudar a angariar fundos para o caminhoneiro que sofreu o acidente na BR-153, em Irati. O motorista Davi Blaszczyk é de Rio Azul e perdeu caminhão no acidente.
No dia, Ana Maria Charnei, de 43 anos, foi esfaqueada pelo seu marido, Osmar dos Santos, 59, e depois atropelada por ele. Após a tentativa de feminicídio, Osmar fugiu com o carro do casal, um veículo Zafira, e seguiu até a BR-153, no limite entre Irati e Rebouças, onde colidiu com um caminhão, dirigido por um motorista de Rio Azul que transporta fumo. No acidente, o caminhoneiro perdeu seu veículo de trabalho, que não possuía seguro. 
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Na semana passada, um áudio de Ana Charnei circulou nas redes sociais, onde ela pede auxílio para o motorista do caminhão. “Surgiu a ideia do grupo de amigas, a minha irmã [Leonida Charnei], de fazerem uma vaquinha online para fazer esse conserto desse caminhão. O DPVAT vai cobrir uma parcela, acho que de R$ 13 mil”, conta.
A intenção é que se consiga arrecadar um valor inicial que já possa auxiliar o motorista. “Se a gente conseguir 10% do valor - o valor do caminhão ficou estimado em R$ 60 mil. Se a gente conseguir ganhar 10% desse dinheiro, que ajude ele, eu já vou estar um pouco bem mais tranquila”, disse Ana em áudio.
As doações podem ser feitas por meio do Pix 72772140997 (CPF), Leonida Charnei ou por depósito na Caixa Econômica Federal (CEF), na agência 0373, operação 001, conta corrente 4775-6.
Além da vaquinha online, uma venda de rosquinhas no dia 2 de abril também será feita. Os recursos serão revertidos tanto para Ana, quanto para o caminhoneiro. “A gente quer fazer essa campanha para recolher fundos para ajudar ela, porque ela precisa de um veículo porque ela tem os quatro filhos menores. Mas nesse caso, o principal que ela se incomoda é com o motorista. 
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No caso dela, ela fala que ele foi a principal vítima porque ele saiu para um dia de trabalho e voltou sem o meio dele, do dia a dia de ganhar o pão. Então, essa campanha é para gente conseguir levantar fundos para ajudar tanto ela quanto o motorista”, contou a irmã de Ana, Leonida Charnei, em contato com a nossa reportagem.
A venda das rosquinhas será realizada no dia 2 de abril na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Irati, com entrega a partir das 13h. A venda será feita somente por encomenda que pode ser realizada até o dia 30 de março nos telefones (42) 9-9954-7239 (Leliane) e (41) 9-9607-5715 (Leonida). O preço da unidade é de R$ 1 real e está disponível nos sabores chocolate, limão, maracujá e chocolate com amendoim.
No áudio viralizado nas redes sociais, Ana conta também sobre sua recuperação. Ela recebeu alta após passar por uma cirurgia e se recupera em casa. “Graças à Deus, eu tive alta. Eu estou em casa. Agora são 90 dias de recuperação porque foram quatro perfurações no intestino. Cada dia eu sinto que eu estou melhorando por fora e por dentro”, disse em áudio.
A irmã de Ana destaca a sua recuperação. “Graças à Deus, ela está se recuperando. Está em casa, teve alta. Por enquanto, ela está mais em um repouso bem grande por motivo da cirurgia que foi muito séria, mas ela está no convívio com os filhos e isso fortalece muito ela, estão tendo muito apoio psicológico”, conta. 
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No áudio compartilhado nas redes sociais, Ana ainda deixou um conselho para quem esteja passando por uma situação de violência doméstica. “Eu fui levando por 16 anos. Não vale a pena ir levando tanto tempo. E outra, você nunca conhece o teu companheiro. 16 anos e eu, jamais no meu pior pesadelo, eu imaginei que ele ia fazer isso, que ele não ia pensar nos nossos quatro filhos, que graças à Deus tão conseguindo passar por isso, mas vai ser um trabalho longo. Vai ser um trabalho assim bem longo, de acompanhamento psicológico, para eles conseguirem superar. Então, tem coisas que não vale a pena ir levando”, aconselhou.

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