quinta-feira, 1 de julho de 2021

Prudentópolis e Ipiranga estão entre os setenta municípios do PR que mais desmataram a Mata Atlântica no ano passado, diz Atlas

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL Imagem: Divulgação/Ilustração
O município de Nova Laranjeiras, no centro-sul do Paraná, foi o município do estado que mais desmatou a Mata Atlântica entre 2019 e 2020. Entre as 3.429 cidades que compõem o bioma, 70 municípios do Paraná aparecem no ranking do desmatamento.
Os dados constam no Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica com a cooperação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, unidade vinculada ao Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (INPE/MCTI).
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Segundo a pesquisa, dos 3.429 municípios que compõem o bioma, 439 (ou 15%) desmataram entre 2019 e 2020. Juntos, eles foram responsáveis por 13.053 hectares desflorestados no período. 70% das perdas estão concentradas em 100 municípios.
Entre as 439 cidades que desmataram no período, 70 são do Paraná.
Nova Laranjeiras, no centro-sul, lidera o ranking estadual, com 136 hectares. O município é seguido por Coronel Domingos Soares, na região sudoeste, e Prudentópolis, na sudeste.
DESMATAMENTO DA MATA ATLÂNTICA: RANKING DO PARANÁ
  1. Nova Laranjeiras (136 hectares)
  2. Coronel Domingos Soares (120)
  3. Prudentópolis (115)
  4. Palmas (99)
  5. Espigão Alto do Iguaçu (93)
  6. Ipiranga (91)
As informações completas podem ser acessadas no site do aplicativo “Aqui tem Mata?”.
Para o diretor de Conhecimento da SOS Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes Pinto, o desmatamento afeta diretamente a vida de cada pessoa que habita nesses municípios.
“Além de fazer com que as cidades se tornem cada vez mais quentes, a redução das áreas verdes ameaça a disponibilidade e a qualidade da água. A crise hídrica que vivemos hoje é um reflexo disso”, alerta.
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Os dados nacionais e estaduais mostram que o desmatamento do bioma diminuiu 9% em relação ao período imediatamente anterior, mas aumentou 14% na comparação com o período entre 2017 e 2018.
Luis Fernando Guedes Pinto lembra que praticamente a totalidade da devastação é ilegal. Com apenas 12,4% de sua área original preservada, o bioma é protegido pela Lei da Mata Atlântica, que proíbe o desmatamento, a não ser em raras situações.
“Qualquer área desmatada na Mata Atlântica, por menor que possa parecer, é uma perda enorme. Não só deveríamos ter parado de destruí-la como já precisávamos ter dado um passo além, que é reverter parte das áreas degradadas por meio do reflorestamento”.
O relatório completo do Atlas 2019-2020 pode ser acessado no sites da SOS Mata Atlântica e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

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