By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL – Imagem: Divulgação/Ilustração
O município de Nova Laranjeiras, no centro-sul do Paraná, foi o
município do estado que mais desmatou a Mata Atlântica entre 2019 e
2020. Entre as 3.429 cidades que compõem o bioma, 70 municípios do
Paraná aparecem no ranking do desmatamento.Os dados constam no Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, estudo
realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica com a cooperação do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, unidade vinculada ao Ministério de
Ciência Tecnologia e Inovação (INPE/MCTI).
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Segundo a pesquisa, dos 3.429 municípios que compõem o bioma, 439 (ou
15%) desmataram entre 2019 e 2020. Juntos, eles foram responsáveis por
13.053 hectares desflorestados no período. 70% das perdas estão
concentradas em 100 municípios.
Entre as 439 cidades que desmataram no período, 70 são do Paraná.
Nova Laranjeiras, no centro-sul, lidera o ranking estadual, com 136
hectares. O município é seguido por Coronel Domingos Soares, na região
sudoeste, e Prudentópolis, na sudeste.
DESMATAMENTO DA MATA ATLÂNTICA: RANKING DO PARANÁ
- Nova Laranjeiras (136 hectares)
- Coronel Domingos Soares (120)
- Prudentópolis (115)
- Palmas (99)
- Espigão Alto do Iguaçu (93)
- Ipiranga (91)
As informações completas podem ser acessadas no site do aplicativo “Aqui tem Mata?”.
Para o diretor de Conhecimento da SOS Mata Atlântica, Luis Fernando
Guedes Pinto, o desmatamento afeta diretamente a vida de cada pessoa que
habita nesses municípios.
“Além de fazer com que as cidades se tornem cada vez mais quentes, a
redução das áreas verdes ameaça a disponibilidade e a qualidade da água.
A crise hídrica que vivemos hoje é um reflexo disso”, alerta.
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Os dados nacionais e estaduais mostram que o desmatamento do bioma
diminuiu 9% em relação ao período imediatamente anterior, mas aumentou
14% na comparação com o período entre 2017 e 2018.
Luis Fernando Guedes Pinto lembra que praticamente a totalidade da
devastação é ilegal. Com apenas 12,4% de sua área original preservada, o
bioma é protegido pela Lei da Mata Atlântica, que proíbe o
desmatamento, a não ser em raras situações.
“Qualquer área desmatada na Mata Atlântica, por menor que possa
parecer, é uma perda enorme. Não só deveríamos ter parado de destruí-la
como já precisávamos ter dado um passo além, que é reverter parte das
áreas degradadas por meio do reflorestamento”.
O relatório completo do Atlas 2019-2020 pode ser acessado no sites da SOS Mata Atlântica e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
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