By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Marcelo Camargo (Agência Brasil)
Ao interagir com seus apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada na
noite desta terça-feira (6), o presidente
Jair Bolsonaro (sem partido)
ignorou as mais de 4.000 mortes por
Covid-19 das últimas 24 horas,
ironizou o título de genocida usado contra ele por seus opositores e
criticou medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores.
O vídeo de pouco mais de 13 minutos foi compartilhado por um canal de internet simpático ao presidente mostra a interação.
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Bolsonaro criticava medidas de restrição de circulação,
listando como consequências de “ficar em casa” depressão, ganho de peso e
hipertensão.
“Tudo vai ser agravado”, disse o presidente.
Pouco depois, uma apoiadora citou as 4.211 mortes registradas pelo consórcio de imprensa nas últimas 24 horas.
“Hoje, mais de 4.000 morreram aqui no Brasil. Você viu isso?”, pergunta a mulher, que não é identificada nas imagens.
Bolsonaro não reagiu e continuou falando sobre medidas restritivas.
“Você vê: o povo perdendo emprego, nenhum sindicato fala nada contra isso daí.”
A mulher insistiu. “Hoje foram mais de 4.000.”
“Você pode ver, até um ano e pouco atrás, um policial
batia num bandido. Toda a esquerda ia contra. Agora, está o cidadão de
bem…”, disse Bolsonaro, sem concluir a frase.
O presidente da República também ironizou a alcunha de
genocida que seus críticos costumam usar diante da escalada de mortes no
país.
“O pessoal entrou naquela pilha de homofóbico, racista,
fascista, torturador… agora… Agora é o quê?
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Agora eu sou… que mata muita
gente, como é que é o nome? Genocida. Agora eu sou genocida”, disse
sorrindo.
“Do que que eu não sou culpado aqui no Brasil?”, indagou o presidente em outro momento da conversa.
Bolsonaro também fez críticas à imprensa.
“Eu resolvo o problema do vírus em poucos minutos. É só
pagar o que os governos pagavam no passado para Globo, para Folha,
Estado de S. Paulo. Agora, este dinheiro não é para a imprensa, é para
outras coisas”, afirmou.
As pessoas que conversavam com Bolsonaro também disseram que apoiariam a reeleição do presidente.
“Se vocês soubessem como é barra ser presidente”, disse Bolsonaro, ressaltando, porém que “vamos desistir não”.
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