By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Élio Kohut
(Intervalo da Noticias)
A Justiça de São Paulo arquivou a ação que acusava o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o filho dele, Luís Cláudio, por lavagem de
dinheiro e tráfico de influência em pagamentos da Odebrecht.
A ação penal arquivada pelo juiz federal Diego Paes Moreira, da 6ª Vara
Federal de São Paulo, era baseada na colaboração premiada de Emílio
Odebrecht e do ex-executivo do grupo Alexandrino Alencar.
Nos depoimentos, eles afirmaram que o ex-presidente Lula teria pedido
uma ajuda financeira para que o filho Luís Cláudio iniciasse uma
carreira empresarial. A ajuda teria sido através do financiamento de um
projeto de marketing esportivo para promoção do futebol americano no
Brasil.
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Na decisão de quarta-feira (9) em que arquiva o inquérito, o juiz Diego
Paes Moreira concluiu que o ex-presidente Lula não cometeu crime.
Segundo o juiz, “no caso concreto, o investigado Luiz Inácio Lula da
Silva não era mais agente público e a suposta solicitação de vantagem
não decorreu da condição de agente público”. Ou seja, “a suposta troca
de favores não tinha por pressuposto a sua presença ou atuação na
condição de Presidente da República”.
O juiz afirmou que não há indicação dos atos de ofício praticados pelo agente pública que seriam objeto de influência de Lula.
O juiz afirmou ainda que os colaboradores não indicaram nenhum ato
específico, como a assinatura de contratos, decisões em licitações,
realização de pagamentos ou quaisquer outros atos concretos que poderiam
qualificar a conduta no tipo penal do tráfico de influência.
Na decisão, o juiz ressaltou ainda que, “se não há tipicidade do crime
antecedente, por consequência, não há lavagem de valores”.
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Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que o próprio Ministério
Público Federal de São Paulo reconheceu que não houve qualquer crime
praticado por Lula ou por seu filho, e que o juiz federal ainda
concordou com o MPF que “não há indicação dos atos de ofício praticados
pelo agente pública que seriam objeto de influência do investigado”,
afastando também a possibilidade da ocorrência do crime de tráfico de
influência.
O ex-presidente Lula foi condenado no Superior Tribunal de Justiça no
caso do triplex do Guarujá, onde aguarda recurso, e em segunda instância
na ação do sítio de Atibaia. Ele ainda é réu no Paraná no caso do
terreno para o Instituto Lula. Lula também é réu na Justiça Federal do
Distrito Federal em três ações penais.
Em sete processos Lula foi absolvido ou teve os casos arquivados.
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