By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Jorge Adorno/Reuters
O Ministério Público do Paraguai não vai indiciar Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis Moreira, por terem entrado no país com passaportes adulterados.
De acordo com os promotores, os dois admitiram o erro — e, assim, a
promotoria entendeu que eles "foram enganados em sua boa fé". A
informação foi confirmada nesta quinta-feira (5) pelo Globoesporte.com.
Ronaldinho e Assis já poderiam, assim, retornar ao Brasil. Porém,
segundo advogados do ex-jogador, ele decidiu ficar no Paraguai até esta
sexta-feira.
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Ronaldinho e Assis prestaram depoimento nesta noite. Na noite de
quarta-feira, eles foram alvo de uma operação dentro do hotel onde
estavam hospedados em Assunção. Os policiais apreenderam os documentos e
iniciaram o inquérito.
Após o depoimento, a promotoria decidiu usar o “critério de
oportunidade”, recurso no Código Penal paraguaio que deixa livre de
processo Ronaldinho e seu irmão. Ele é usado quando os suspeitos admitem
o delito e não têm antecedentes criminais no Paraguai.
- CASO RONALDINHO: O que se sabe e o que falta saber
O caso, no entanto, irá ao Juizado Penal de Garantias do país e,
portanto, a decisão final será de um juiz. Ao jornal “ABC Color”, o
promotor Federico Delfino comentou a posição do MP.
Promotoria acusa empresário e mais 2
A promotoria, no entanto, acusou três pessoas: o empresário Wilmondes
Sousa Lira, apontado pela defesa de Ronaldinho como responsável pelos
documentos falsos, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza
Apolonia Caballero — as duas seriam as verdadeiras donas dos passaportes e carteiras de identidade adulterados, segundo o MP.
O MP pediu a prisão preventiva de Wilmondes. Ele foi acusado
especificamente por produção de documentos não autênticos, uso de
documentos públicos de conteúdo falso e falsidade ideológica.
Os passaportes e cédulas de identidade paraguaios do ex-jogador e de
Assis foram expedidos ao nome de María e Esperanza e depois adulterados
para possuírem os dados de Ronaldinho e o irmão. Ambas foram detidas e
compareceram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado na noite
desta quinta, mas permaneceram em silêncio no depoimento, assim como
Wilmondes.
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Caso derruba Diretor de Migração paraguaio
O diretor geral de Migração do Paraguai, Alexis Penayo, pediu demissão do cargo
nesta quinta-feira (5) em meio às investigações sobre o suposto uso de
passaporte e documentos paraguaios falsos pelo ex-jogador Ronaldinho
Gaúcho e seu irmão, Assis Moreira.
Penayo vinha recebido críticas pelo fato de o Departamento de Migrações
não deter os brasileiros ainda no Aeroporto Internacional de Luque — o
principal terminal paraguaio.
O diretor reconheceu que um funcionário deixou Ronaldinho e o irmão
passarem, mas criticou "a falta de apoio dos superiores" e a cobrança às
autoridades migratórias.
De acordo com o jornal "ABC Color", as autoridades migratórias avisaram
a Polícia Nacional e o Ministério do Interior logo após constatarem as
irregularidades. Porém, os dois órgãos só agiram depois de 12 horas
dessa comunicação.
Além disso, Penayo afirmou que pediu uma investigação administrativa
para identificar os funcionários de imigração do aeroporto e averiguar
por que a entrada de Ronaldinho e o irmão foi permitida.
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