By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
O mês de novembro começou com uma ponta de esperança para os
pais do pequeno Miguel. No primeiro dia do mês, exames do Hospital Pequeno
Príncipe, em Curitiba, apontaram que o filho de Kauane e Daniel apresenta uma
rara doença, gerada por uma mutação no gene X. Essa mutação acarreta
em um crescimento craniano anormal e falta de desenvolvimento muscular. A busca
por um diagnóstico, iniciada há um ano, terminou na semana retrasada, após o
casal arrecadar com amigos e familiares o dinheiro necessário para a realização
dos exames. Ao todo, o procedimento e diagnóstico custaram cerca de R$ 40 mil.
Apesar da vitória, os desafios ainda não chegaram ao fim para a família. O
objetivo agora é juntar recursos para o tratamento, realizado apenas em um
instituto nos Estados Unidos.
“Na consulta de rotina com a pediatra, foi notado um
crescimento craniano anormal, então começamos a buscar recursos para entender o
que estava acontecendo.
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Fizemos vários exames e nenhum deles mostrava o que
estava acontecendo”, conta a mãe, Kauane Gonçalves, em entrevista à Banda
B. “Demos entrada no ambulatório de doenças raras do Pequeno Príncipe
e foi solicitado um procedimentos que revelou qual era essa doença, muito
rara”, relata.
O diagnóstico, no dia 1° de novembro, trouxe alívio pela
descoberta, mas uma apreensão sobre o futuro. “Descobrimos que pouquíssimas
crianças têm essa doença. Há pouca literatura sobre o assunto, e o que
encontramos online está tudo em inglês. A situação é muito difícil, pois não
sabemos o que esperar do futuro do nosso filho. Mas, ao mesmo tempo, eu
agradeci a Deus porque agora eu sei o que ele tem”, conta a mãe.
Ela e o marido lançaram há uma semana uma vaquinha online, com o intuito de arrecadar cerca de R$ 500 mil
reais, para um tratamento inédito no Instituto Politécnico e Universidade
Estadual da Virgínia, no leste dos Estados Unidos. O casal chegou até essa
instituição após descobrir que pais de uma criança irlandesa, que sofre da
mesma doença, há poucos meses, encaminharam a filha para o mesmo local, a um
custo semelhante ao que a família Silva busca arrecadar.“Pesquisamos e encontramos esse caso. A família viajará para a Virginia Tech, que fará todos os procedimentos”, revela o pai de Miguel, Daniel Silva.
A mãe, Kauane, escreveu uma carta aberta para quem pretende ajudar o pequeno Miguel. “Preciso lutar por ele e farei isso com todas as minhas forças. Peço ajuda, com o coração dilacerado, temente pelo nosso futuro (que é incerto, pois a doença é tão rara que sequer conseguimos ter um prognóstico). Eu nunca vou deixar de ter esperança e fé”, afirma a servidora pública.
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