segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Idosa é presa em operação da Polícia Civil que investiga desapropriação de terreno que já seria área pública, em Imbituva


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: RPC

Uma idosa foi presa em uma operação da Polícia Civil, em Imbituva, na região central do Paraná, nesta segunda-feira (4). Segundo as investigações, a mulher é suspeita de se beneficiar de uma desapropriação de um terreno que já seria da prefeitura da cidade.
A operação "Lote de Ouro" foi deflagrada na manhã desta segunda. Os policiais cumpriram três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão.
Além da idosa, um advogado da prefeitura e um servidor do fórum da cidade foram presos.
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Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos investigados e na Prefeitura de Imbituva. 
De acordo com a Polícia Civil, o terreno alvo das investigações seria usado para construção de um centro de reabilitação do município.
Segundo a polícia, a proprietária fez usucapião da área, que seria anteriormente pública, e conseguiu legalizá-la em setembro deste ano, por meio de uma decisão da Justiça.
Ainda conforme a polícia, a área estava sendo vendida para a prefeitura pelo valor de R$ 500 mil. A primeira parcela, no valor de R$ 100 mil, foi pago à proprietária, conforme as investigações.
A operação contou com o apoio da Divisão de Combate a Corrupção (DCCO), de Curitiba. O nome dos investigados não foram informados.
Adulteração de documentos
O delegado Luís Gustavo Timossi, que acompanha o caso, disse que as investigações começaram há dois meses, após denúncias de irregularidades feitas à polícia. 
"Alguns servidores públicos teriam tentado adulterar a verdade de fatos, apresentando documentos ideologicamente falsos junto do Ministério Público", afirmou.
Conforme delegado, os suspeitos podem responder por crimes como falsidade ideológica, falsa perícia e associação criminosa. Testemunhas ainda devem ser ouvidas pela polícia.
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O outro lado
O advogado da idosa, Alexandre Pereira da Cruz, informou que o imóvel é propriedade da família da investigada há 40 anos. Segundo ele, o lote alvo das investigações se tornou uma área excedente após a regularização de um loteamento.
A defesa disse ainda que, para regularizar a propriedade, houve a necessidade do processo de usucapião, inciado em 2016. Testemunhas foram ouvidas, o que indicou que o terreno era da idosa, segundo o advogado.
Fernando Deneka, advogado dos servidores públicos investigados, disse que as acusações foram criadas e construídas de forma frágil. A defesa reforçou o processo de usucapião e lamentou que os servidores não foram chamados para prestar esclarecimentos.
A Prefeitura de Imbituva disse que não tinha conhecimento dos fatos, mas que vai abrir uma sindicância interna para apurar o que houve. 
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