quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Entidades repudiam prisão de repórter esportivo na partida entre Criciúma e Paraná Clube


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BAND NEWS FM Imagem: Divulgação

Várias entidades se manifestaram e repudiaram a prisão de um repórter esportivo que foi detido pela Polícia Militar de Santa Catarina, no final da partida entre Criciúma e Paraná Clube.  O jornalista Jairo Júnior, da rádio Transamérica Curitiba, foi cerceado no momento em que acompanhava a tentativa de invasão de campo de um dirigente do clube paranaense. O repórter foi detido no momento em que registrava a ação da PM. Alex Brasil havia entrado no gramado para reclamar com o árbitro da partida, Daniel Nobre Bins. O gerente de futebol e o assessor de imprensa do Paraná Clube, Irapitan Costa, foram retirados à força do local. A movimentação foi transmitida ao vivo durante a transmissão esportiva.
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Jairo Júnior foi liberado pela PM de Santa Catarina depois de prestar depoimento e assinar um termo circunstanciado. O repórter alegou que teve o celular tomado pelos militares a pedido do supervisor da CBF Robson Cechinel. O abuso de autoridade teria sido praticado tanto pelos militares, que agiram com truculência, quanto pelo funcionário da Confederação Brasileira de Futebol.
Em nota, a Polícia Militar de Santa Catarina confirmou que recebeu a solicitação de um supervisor da CBF para auxiliar na retirada de um integrante da comissão técnica do Paraná Clube que estaria em local proibido.
Ainda segundo a PM, um membro da comissão técnica “negou-se a sair do local, mesmo após pedidos do supervisor CBF, tumultuando os trabalhos no local”. Na nota, a polícia alega que o jornalista estaria ciente de que não poderia realizar filmagens no interior do Estádio e que os celulares de Jairo Júnior e Irapitan Costa foram apreendidos e ambos assinaram um termo circunstanciado antes de serem liberados. A polícia informou também que os celulares “servirão futuramente como meio de prova, por conta das imagens neles arquivadas”.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), por meio de nota, disse que repudia, com veemência, a ação da Polícia Militar de Santa Catarina contra o repórter Jairo Silva Junior, da Rádio Transamérica.
Segundo a ABERT, nada justifica a agressão a um repórter que está devidamente identificado como imprensa e no exercício da profissão. Ainda segundo a nota, a plena liberdade de informação jornalística está garantida na Constituição Federal e não pode, em qualquer circunstância, ser desrespeitada.  A ABERT também pede às autoridades locais a apuração dos fatos e punição dos responsáveis.
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A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Paraná, ACEP, também repudiou veementemente o que considerou como atos de abuso de autoridade e arbitrariedade praticados por oficiais da Polícia Militar de Santa Catarina. A ACEP considera que houve injusta agressão no exercício da atividade profissional. Os Sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor) e de Santa Catarina (SJSC) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também repudiaram o que consideraram como truculência da Polícia Militar que impediu o trabalho de profissionais da imprensa no estádio. 
As entidades consideram que houve tentativa de impedir o livre exercício profissional e que qualquer tentativa de cerceamento à liberdade de expressão e profissional é uma agressão que deve ser rechaçada pela sociedade. As entidades vão oficiar a CBF para solicitar esclarecimentos.  A CBF ainda não se manifestou sobre o caso.
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