By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: RPC
Um menino de três anos ficou em estado vegetativo depois
de ser medicado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Batel, em
Guarapuava, na região central do Paraná, segundo a família.
De acordo com os pais, ele nunca
teve problemas de saúde e foi levado à unidade, em maio, porque tinha tosse e
sinais de resfriado. Como não havia pediatra no momento, foi atendido por um
clínico geral.
"Ele [o médico] falou que ia
receitar uns remedinhos, que ele ia tomar na veia, e já ia para casa. No
último, que era sulfato de magnésio, ele começou a ter parada. Estava tossindo
bastante, se queixando bastante, que queria ir para casa. Quando olhei para
ele, a boquinha já estava branca. Aí que eu vi que ele já não estava
respirando", relata a mãe, Noelvis Oliveira.
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Ela conta que imediatamente chamou
a enfermeira, que pegou o menino nos braços e levou correndo para a emergência.
Ele foi transferido da UPA às pressas para a Unidade de Tratamento Intensivo
(UTI) do Hospital Santa Tereza, também em Guarapuava, onde ficou 25 dias
internados.
Hoje em dia, depois de voltar para
a casa, a criança não tem movimentos, não consegue falar, se alimenta por sonda
e precisa de ajuda de oxigênio para respirar.
"Lá na UTI a médica falou que
possivelmente foi o remédio de sulfato de magnésio. Falou que, a dose que ele
[o primeiro médico] receitou, ela jamais receitaria para uma criança, mesmo que
tivesse uma crise asmática ou bronquite, alguma coisa assim. Ela falou que era
um medicamento para adulto, não para criança", diz a mãe.
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O caso é apurado pelo Ministério
Público. O procurador Alfredo Dal Lago é o responsável pela investigação.
"Pedimos informações ao
município, se foi instaurado um procedimento na esfera do município, para
apurar responsabilidade dos profissionais de saúde que atenderam a criança e,
paralelamente, nós ouvimos alguns dos médicos que atenderam o paciente. Com
essas informações e o prontuário médico, nós encaminhamos para um junta, na
Procuradoria de Curitiba, para indicar se houve ou não má prática médica",
diz Dal Lago.
Não há prazo para a conclusão do parecer da Procuradoria.
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