By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Guilherme Rodrigues (Futura Press)
"Em
Resende eu não falei conselho, houve um ato falho meu e ai já se
começou dizendo que eu sairia da ONU. Eu jamais pensaria em sair da ONU.
É sair do conselho de direitos humanos da ONU", disse.
Ao
participar de uma cerimônia de cadetes da Aman (Academia Militar das
Agulhas Negras), na cidade fluminense, o candidato se referiu como antro
de comunistas. "Não serve para nada essa instituição", disse, ao
criticar uma recomendação feita pelo comitê de direitos humanos da ONU
em favor do ex-presidente Lula.
Antes
de dar a declaração sobre o caso do petista, o deputado federal havia
publicado mensagem em sua conta no Twitter, afirmando que deixaria o
conselho da ONU, sem especificar a qual conselho se referia. "Há mais ou
menos 2 meses falei em entrevista que já teria tirado o Brasil do
conselho da ONU, não só por se posicionarem contra Israel, mas por
sempre estarem ao lado de tudo que não presta. Este atual apoio a um
corrupto condenado e preso é só mais um exemplo da nossa posição",
escreveu.
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Em
conversa por telefone com a reportagem nesta segunda-feira (20), o
presidenciável disse que se referia, na verdade, ao comitê de direitos
humanos apenas.
"Eu vomitei aquilo sem falar de conselho de direitos humanos. Ai é onde houve uma falha minha."
Questionado
sobre a crise migratória de venezuelanos em Roraima, Bolsonaro defendeu
que o Brasil adote postura mais dura contra o governo de Nicolás Maduro
e propôs a criação de um campo de refugiados, que seria auxiliado pela
ONU.
"Quando
você fala em refugiados você tem que buscar a ONU para apresentar uma
alternativa", afirmou. Ele disse concordar com a governadora de Roraima,
Suely Campos (PP), em relação à sobrecarga dos serviços públicos
estaduais com a chegada dos venezuelanos. Mas discorda dela sobre o
fechamento de fronteiras, afirmando que isso não é possível.
"Tem
que abrir um campo de refugiados, você não pode simplesmente deixar um
pessoal habitar lá todos os espaços vazios de Pacaraima, de Boa Vista.
Não pode deixar o pessoal jogado na rua, deixar o pessoal fazendo
necessidades fisiológicas na rua. Ficar na rua praticando atos de
vandalismo ou de crimes", afirmou.
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O
presidenciável disse também não ser favorável à política de
interiorização feita pelo governo de Michel Temer, que tem transferido
voluntariamente refugiados de Roraima para outros estados do Brasil.
"O próprio venezuelano,
no fundo, não quer vir para dentro do Brasil. Ele quer ficar próximo à
fronteira para poder retomar pro seu pais na primeira oportunidade."
Segundo
ele, não haveria espaço para os venezuelanos no mercado de trabalho já
que o país tem cerca de 13 milhões de desempregados.
A
fala de Bolsonaro, contudo, vai na mão das estatísticas levantadas pelo
governo brasileiro. Pelo menos 8 a cada 10 venezuelanos que entraram no
Brasil por Pacaraima (RR) desde junho manifestaram intenção de ir para
outras regiões do país.
O
dado faz parte de relatório do centro de triagem de Pacaraima e leva em
conta 7.015 pessoas que foram acolhidas na fronteira de 18 de junho a
12 de agosto.
"Quando
você faz um campo de refugiados você vai deixar esse pessoal lá em
standby, pow. E buscar soluções para [eles voltarem] para o seu país. A
primeira medida é essa. O governo tem que mostrar para a Venezuela o
seguinte: não concordamos com o que está acontecendo ai. Tentar fazer
com que esse governo do Maduro seja deposto legalmente."
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