By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL – Imagem: Danilo Verpa (Folhapress)
A possibilidade de uma nova paralisação, antes descartada pelas próprias lideranças dos caminhoneiros e classificada como “fakenews”, volta a assombrar a economia.
Mensagens de áudio e texto divulgadas pelas redes sociais e grupos de WhatsApp alertam que a categoria está acompanhando “de perto” as negociações em Brasília e teme que “o lobby dos grandes grupos” consiga derrubar a tabela do frete implantada como uma das medidas para por fim à paralisação.
“Se essa tabela cair, vai ter uma greve pior que a última. E aí não vai ter negociação, pois eles vão querer provar para o mundo que são fortes, vai ser uma grande revolta”, afirmou Ivar Luiz Schmidt, do Comando Nacional do Transporte (CNT), em entrevista ao Estadão.
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Já a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos aguarda as
discussões para definir os próximos passos. O presidente da CNTA, Dilmar
Bueno, está em Brasília acompanhando as negociações e os bastidores.
Nesta
quarta-feira (06), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Blairo Maggi (PP-MT), admitiu que o valor cobrado “mais que dobrou” e
ficou “fora de qualquer padrão”.
“Ao
fazer as contas e ver quanto ia custar, esse negócio ficou fora de
qualquer padrão, subindo até duas vezes, duas vezes e meia, com relação
ao frete que estava sendo praticado antes da greve”, afirmou o ministro
após participar do lançamento do Plano Safra 2018/2019.
Em entrevista
ao Paraná Portal, um dos caminhoneiros que liderou os protestos na
região da Repar, a Refinaria de Araucária, na semana passada, afirmou
que aguarda as orientações da categoria. Segundo ele houve avanços e,
por enquanto, os caminhoneiros estão satisfeitos.
“Eu já paguei
menos pelo diesel, abasteci mais barato e consegui um fretinho melhor…
até agora está bom… mas se cair a tabela e mudar tudo é claro que o povo
vai se revoltar, não tem como né… parece que estão tirando de uma coisa
e colocando em outra”, disse.
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Audiências PúblicasNa tarde desta quarta-feira (06), os deputados e senadores instalaram a comissão mista que vai discutir a Medida Provisória (MP) 832, uma das ações anunciadas pelo presidente Michel Temer no último dia 27, na tentativa de atender a demandas dos caminhoneiros que paralisaram as rodovias do país.
Em sua primeira manifestação após ter sido designado relator da matéria, o deputado Osmar Terra (MDB-RS) afirmou que o caminhoneiro será a “principal preocupação” dos parlamentares.
“Assumo o compromisso de trabalhar efetivamente, ouvir os setores envolvidos para que essa comissão dê um resultado para o Brasil”, disse. Segundo ele, há a necessidade de se fazer um acordo que permita ao caminhoneiro “viver do seu trabalho”. “Vamos procurar trabalhar para que não só o caminhoneiro seja protegido, mas todos participantes dessa cadeia. O caminhoneiro é a nossa principal preocupação”, disse.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), membro da comissão, informou que apresentará requerimentos para que “diferentes associações dos caminhoneiros” participem das audiências públicas. Segundo ele, o compromisso da bancada petista é defender a tese de que “é correta haver uma regulação mínima” no setor de transportes de cargas.
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“Eu já li, como vossas excelências leram nos últimos dias, uma reação
que considero muito inadequada por parte de alguns setores que estão
dizendo que a construção de uma tabela de valores mínimos para o frete
seria algo que o país não deveria ter. Se não tivermos uma tabela com
valores mínimos adequada, num ambiente de recessão, o setor de
transporte pode ser aviltado de tal maneira que quebre”, avaliou.Já o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), outro integrante do colegiado, defendeu a necessidade de se encontrar mecanismos para que o Brasil volte a crescer, sob o risco de existirem em “curto prazo” outros movimentos semelhantes. Apesar da necessidade de votar com agilidade as matérias devido ao calendário apertado em ano eleitoral, o parlamentar lembrou da responsabilidade em se criar uma solução adequada para que o problema não volte à tona novamente.
“A comissão é muito importante, mas não é um tema simples. Não é como se tabelasse um produto isoladamente. Nós estamos falando de frete num país continental de mais de 5 mil municípios, de 27 unidades da federação, de distâncias de milhares de quilômetros, com rodovias as mais variadas – estradas de chão, mal pavimentadas, e de cargas as mais diversas”, opinou.
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