By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: DIARIO DOS CAMPOS – Imagem: Fábio Matavelli
A paralisação dos caminhoneiros ganhou força hoje em várias
regiões do país, inclusive no Paraná. Em Ponta Grossa, onde no domingo houve
passeata, diversos trechos da BR-376 contaram com pontos de protestos. A greve,
que deve ser por tempo indeterminado, segundo a própria categoria, ocorreu
durante toda esta segunda-feira no município de forma pacífica. No início da
tarde, a oficial da Justiça Federal de Curitiba, Fabiana Silveira, percorreu os
pontos para entregar o Mandado de Interdito Proibitório, Manutenção e ou
Reintegração de Posse. Expedido pela juíza, Luciana Mayumi Sakuma, substituta
da 2ª Vara Federal de Ponta Grossa, o documento reconhece a legalidade da
manifestação, no entanto, fica proibida a obstrução das vias.
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“Foi deferido o
pedido de liminar para o fim de que se abstenham de ocupar, obstruir ou
dificultar a passagem em qualquer trechos da rodovia federal BR-277”, diz o
despacho. Após a entrega a um dos caminhoneiros autônomos, representante de um
dos sindicatos da categoria, a oficial leu o Mandado para que todos os
caminhoneiros presentes tomassem ciência do que se tratava (confira o vídeo no
site do DC). A multa em caso de descumprimento é de R$ 30 mil por dia. Há ainda
outro documento que determina multa de R$ 100 mil por hora.
A principal reivindicação da categoria é a queda do preço do
diesel, que passa de R$ 4 o litro em alguns estados brasileiros. Em Ponta
Grossa o valor médio é de R$ 3,39 o litro. Emerson Bahls, caminhoneiro
autônomo, que recebeu o Mandado hoje, conta que o setor tentou, por várias
vezes, em Brasília, que o governo interviesse e reduzisse o preço do
combustível. Como não houve resposta positiva a categoria se mobilizou,
nacionalmente, e pretende cruzar os braços até que uma medida seja tomada em
relação ao assunto.
Emerson observa ainda que o Paraná tem outro problema, este
em relação a cobrança do pedágio do eixo suspenso. “Hoje ninguém queria estar
aqui, parado. O Paraná tem 30 pontos de paradas, todos queriam estar
trabalhando, mas infelizmente se não tiver pressão o governo não vai olhar a
causa”, diz. Ele afirma que atualmente 70% do setor de transporte são autônomos
e que só nos últimos dois meses foram mais de 18 aumentos no preço do diesel.
“Há 15 dias estávamos pagando R$ 2,99 o litro, hoje está em R$ 3,59 o litro mais
barato”, garante.
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