quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Desempregado e com filho doente, pai pensa em suicídio em PG



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: DIÁRIO DOS CAMPOS Imagem: Fábio Matavelli (Diário dos Campos)

Há um ano e meio, Maurício Dias de Moraes, 37 anos, viu a sua vida se transformar da noite para o dia. Ele perdeu o emprego e não conseguiu mais recolocação no mercado de trabalho, mesmo já tendo procurado a Agência do Trabalhador de Ponta Grossa e distribuído 23 currículos profissionais em diferentes empresas. O desespero por um trabalho é tanto que ele, padrasto de um menino com doença rara e que ele chama de filho, pensa agora em suicídio.
Maurício tem pouca escolaridade, apenas até a 8ª série do Ensino Fundamental II, mas no currículo traz experiência nas áreas da construção civil e serviços gerais. Em busca de uma oportunidade, ele está disposto a atuar em qualquer setor da economia.
O sustento dos quatro membros da família (Maurício, enteado, esposa e o filho de Maurício) está sendo através do benefício que o enteado, de 13 anos, recebe. João Vitor tem uma doença rara denominada de Mucopolissacaridose tipo II ou Síndrome de Hunter. Trata-se de um grave distúrbio genético que afeta principalmente os homens. O garoto está internado no Pequeno Príncipe, desde a semana passada, fazendo exames e aguardando uma cirurgia para colocar uma sonda na barriga, já que não consegue mais se alimentar.
“Ele não fala, escuta e enxerga pouco. Ele andava, mas não está mais conseguindo, talvez por causa de uma queda que teve”, conta. Um dos remédios que o garoto toma custa R$ 6 mil e é liberado pelo Estado, porém a família compra fraldas, alimentos e os demais medicamentos.
Com aluguel, água e energia elétrica são gastos praticamente a metade do benefício, que é de um salário mínimo. A mãe faz textura em paredes, mas está se dedicando ao filho. O menino de Maurício, também com 13 anos, estuda.
Desespero
Maurício já recorreu às redes sociais em busca de trabalho, mas sem êxito fala em suicídio. “É complicado para um pai ver as crianças neste sofrimento. Ter que viver só de ajuda. Sempre trabalhei e sustentei eles”, conta.
Ele revela que vem sendo ofendido por pessoas que desconhecem a real situação. “Chamam de gigolô, que vive nas costas da criança ou mulher. O único jeito é acabar com a vida”, diz. “O problema é me chamarem do que não sou, eu não teria que escutar mais nada”, desabafa ao referir-se a morte.
Ajuda
A família recebe ajuda de algumas pessoas, inclusive da Prefeitura para levar o garoto para Curitiba. Recentemente, recebeu alguns pacotes de fralda e uma cesta básica do Município.
Assista aqui a reportagem.




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