By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Terra
Giovanardi, que é o chefe do partido Área Popular na Comissão de
Justiça do Senado, teve uma reunião com o brasileiro e seu advogado,
Alessandro Sivelli, e divulgou uma nota explicando os temas debatidos
entre eles.
O parlamentar pediu ao ministro da Justiça local, Andrea Orlandi, que
"revogue" a decisão de extraditar o acusado no processo do Mensalão ao
Brasil. Segundo Giovanardi, a medida "coloca em risco a vida de
Pizzolato, que se colocou a disposição de cumprir a pena na Itália,
mesmo com o legítimo pedido de revisão do processo em que foi envolvido
no Brasil".
"Pizzolato obteve a negação da extradição da Corte de Apelo de Bolonha
enquanto a Corte de Cassação jogou a decisão para o governo italiano
que, incompreensivelmente, estabeleceu que Pizzolato, cidadão italiano,
deve ser extraditado ao Brasil em 11 de maio", destacou o líder do AP.
Na semana passada, Giovanardi já havia apelado para o governo rever a
decisão contra o ítalo-brasileiro, dizendo que era "incompreensível" sua
extradição. No dia 24 de abril, o ministro Andrea Orlando deu um
parecer favorável à extradição do ex-diretor do Banco do Brasil.
Pizzolato, que possui também cidadania italiana, foi condenado a 12
anos e sete meses de prisão no processo do Mensalão, mas fugiu para a
Itália com um passaporte falso. Ele acabou sendo detido em fevereiro de
2014, em Maranello, por portar os documentos de seu irmão, que havia
falecido em 1978.
A decisão de Orlando veio de encontro com o veredicto da Corte de
Cassação de Roma, em fevereiro, que reverteu uma decisão do Tribunal de
Bolonha e autorizou a extradição. Na primeira sentença, a vinda do
ex-diretor ao País tinha sido negada sob argumento de que os presídios
nacionais não têm condições de manter a integridade física de Pizzolato.
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