By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Yahoo – Imagem: Divulgação
A China fará novos
investimentos no Brasil, da ordem de US$ 50 bilhões, informou nesta
quinta-feira o ministério das Relações Exteriores em Brasília, às
vésperas de uma visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.
"Há
50 bilhões de dólares em novos projetos. É preciso esperar o fim da
visita para sermos mais precisos e também em relação a quais serão os
projetos", disse a jornalistas o subsecretário-geral de Política do
ministério, embaixador José Graça Lima, encarregado do Itamaraty sobre
as relações com a Ásia e a Oceania. O anúncio ocorre antes da visita do premiê chinês, que participará de uma reunião com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, em 19 de maio, que dará o pontapé a uma segunda geração de investimentos chineses no Brasil, concentrada na indústria pesada e na infraestrutura.
A lista inclui autopeças, equipamentos de transporte, energia, portos, hidrelétricas, ferrovias, entre outros. Na mesa também está a ambiciosa construção de uma obra para formar um corredor ferroviário-oceânico que permita escoar as exportações brasileiras para a China pelo Pacífico, um projeto monumental que atravessará parte da Amazônia e se estenderá até o Peru.
Consultado sobre o delicado aspecto ambiental da iniciativa, o diplomata disse que "o corredor exige um marco político e é uma obra que durará entre 3 e 4 anos, requer licitações, é complexo (mas) está avançando".
Li chegará a Brasília na tarde do dia 18, se reunirá no dia seguinte com a presidente Dilma e deixará o país no dia 21 pela manhã com destino à Colômbia, antes de passar um dia no Rio de Janeiro.
Durante sua visita oficial, os dois países que integram o bloco dos Brics revisarão a expressiva agenda de negócios bilaterais, entre eles, a conclusão da venda de um primeiro lote de 22 aviões da Embraer, que fazem parte de uma operação já negociada de 60 aeronaves.
Segundo Graça Lima, no encontro, Dilma e Li assinarão "uma série de acordos" em nível governamental. Além disso, a agenda prevê outros quatro acordos de caráter empresarial e mais de 30 novos documentos, onde estarão os investimentos.
"Esperamos resultados muito interessantes desta visita", resumiu o encarregado das relações com os países asiáticos do Itamaraty.
Segundo dados da chancelaria brasileira, o intercâmbio comercial bilateral saltou de 3,2 bilhões de dólares em 2001 para 83,3 bilhões de dólares em 2013.
Na quarta-feira, Dilma abordou a possibilidade de explorar um tratado de livre comércio, uma questão complexa porque envolve os interesses do Mercosul, cujas regras não permitem abrir negociações sem o aval de todos os membros do grupo.
"A questão do livre comércio entre Brasil e China é muito importante e tem que figurar na agenda. Temos uma regra com os países do Mercosul, que é preciso discutir certos assuntos dentro do bloco, mas isto não é um obstáculo, acredito até que seja uma oportunidade", disse Dilma em entrevista ao China Business News.
A
possibilidade de se abrir caminhos alternativos que permitam
negociações com outros países ou blocos sem a anuência de todos os
membros já tem um princípio de consenso no Mercosul, com a perspectiva
sendo contemplada por Brasil e Paraguai.
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