terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Será que terá "guerra" entre GAECO e os delegados do Paraná?



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Denise Mello (Rádio Banda B) Imagem: Antonio Nascimento (Rádio Banda B)


A guerra entre o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (17), mas desta vez, quem entrou na briga foi o Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol). Em entrevista coletiva na sede do Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor), no centro de Curitiba, o presidente do Sidepol, Claudio Marques, questionou os benefícios recebidos pelos promotores do Ministério Público, principalmente a verba de auxílio-alimentação.
“Lançamos hoje a Operação Bartimeu, em alusão ao personagem bíblico que era cego e foi curado por Jesus. A cegueira está presente no Ministério Público e queremos mostrar isso oferecendo cestas básicas para os promotores do Gaeco. Eles recebem salários de R$ 25 mil e ainda foram à Justiça para conseguir auxílio-alimentação de R$ 800. Quem ganha 25 mil precisa de auxílio para se alimentar?”, provoca Marques.
Apesar da entrevista ser uma reação clara às prisões do ex-delegado geral da Polícia Civil do Paraná, Marcos Michelotto, e do delegado do 8º Distrito, Geraldo Celezinski, feitas pelo Gaeco na última terça-feira (10), em uma investigação de combate a jogos de azar, Marques disse que a iniciativa de hoje é independente.
“Não tem nada a ver com as prisões dos delegados não. Estamos querendo apenas que a população saiba dos benefícios que os promotores recebem. Inclusive, queremos que eles devolvam os R$ 37 milhões que conseguiram na Justiça como retroativo de 2004 aos benefícios de auxílio-alimentação que eles não receberam no período. Nunca vi ninguém comer retroativo”, afirma o presidente do Sidepol.
Marques disse ainda que o Sidepol luta para que os promotores também possam ser investigados pela Polícia Civil. “Por que só eles podem nos investigar. Se o assunto é com os promotores, a investigação só pode ser feita pela Procuradoria. Os direitos têm que ser iguais”, completa.
Na entrevista, Marques disse que o sindicato está recolhendo cestas básicas para entregá-las na sede no Gaeco. “Vamos até a sede do Gaeco, no bairro Ahú, no dia 23, às 16 horas, levar várias cestas para ajudar na alimentação dos promotores. Eles devem estar precisando”, disse.
Prisões
Além de Michelotto e o delegado Geraldo Celezinki, foram presos dois investigadores, cinco policiais militares e outras quatro pessoas que não são agentes públicos. Segundo o despacho do desembargador, a investigação sinaliza um “conluio” do então delegado-geral com os outros policiais “na consecução de delitos contra a administração pública, atrelados diretamente à exploração de jogos de azar (através de máquinas caça-níquel)”.
Ontem, em entrevista coletiva, os promotores não quiseram dar detalhes sobre as acusações alegando segredo de Justiça.
Michelotto disse que não tem nenhuma relação com jogos de azar e diz que é uma vítima do MP-PR.
O MP-PR não se manifestou até o momento sobre as declarações do presidente do Sidepol.

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