sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Gilmar Mendes encerra a discussão no STF e determina que Carli Fiho vá a júri popular



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B Imagem: Divulgação


O STF – Supremo Tribunal Federal, na relatoria do Ministro Gilmar Mendes, recusou por unanimidade o último recurso da defesa do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho e  confirmou que ele seja julgado por um júri popular. A decisão foi tornada pública nesta terça-feira (07) e agora o Tribunal do Júri de Curitiba vai definir em qual data irá acontecer o julgamento. Carli Filho é acusado de provocar a morte de dois jovens em maio de 2009 em um acidente de trânsito no bairro Mossunguê.
Para a deputada federal Christiane Yared, mãe de Gilmar Yared, uma das vitimas do acidente, esta decisão do Ministro Gilmar Mendes é a confirmação de não se pode desistir de lutar por Justiça. “No meio de tanta luta nestes oito anos e meio de briga, vamos ver se conseguimos agora marcar este júri. Este caso estava na mesa de Gilmar Mendes há uma ano e oito meses e agora, finalmente, veio a resposta. Sabemos que é mais uma etapa nesta luta por justiça. São muitos recursos, mas tenho certeza que agora ele (Carli Filho) irá ao banco dos réus”, disse Yared à Banda B na noite desta terça-feira.
Yared acredita que o juiz  deve marcar este caso logo depois do carnaval, no ano que vem. Ela afirma que sabe que enfrentará mais dor com mais esta etapa, mas diz que não se pode baixar a guarda. “É uma luta sem fim, com muita dor para relembrar esta tragédia em nossas vidas, mas a luta não é só das nossas famílias, mas do país inteiro. Vimos estas cinco mortes neste final de semana na Linha Verde e estou lutando na Câmara para que crimes de trânsito sejam inafiançáveis. Não é possível que um motorista que provoca mortes alcoolizado vá curar sua ressaca e famílias corram atrás de caixões. Não é possível que ele compareça a uma delegacia e saia livre. Temos que provocar uma mudança de comportamento”, afirmou.
O caso
Na madrugada do dia 7 de maio de 2009, o então deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, com a carteira de motorista suspensa (130 pontos), decolou com seu veículo a 173 km/h, em uma das ruas de Curitiba, aterrissando sobre outro veículo e causando a morte de Gilmar Rafael Souza Yared (26) e Carlos Murilo de Souza (20). Carli Filho saiu de um restaurante e estaria alcoolizado.
Em agosto de 2009 o Ministério Público ofereceu denúncia criminal contra Carli Filho por duplo homicídio doloso eventual. Em 2011 foi confirmado pela Segunda Vara do Júri de Curitiba que ele deveria ser julgado por um júri popular, mas novos recursos levaram o caso até o STF.
Agora, no STF, por unanimidade de votos a Corte entendeu que o caso deve ser julgado pelo júri em Curitiba, repelindo todos os argumentos protelatórios da defesa.
O advogado criminalista Elias Mattar Assad, que representa a família Yared, trabalhando na acusação desde o início, ressaltou que “não há risco de prescrição e que esse tempo todo de espera pelo julgamento apenas demonstra que não somente o Juiz da Vara do Júri de Curitiba, como também os Desembargadores do TJPR, os Ministros do STJ e por três vezes o Ministro Gilmar Mendes do STF (acompanhado da unanimidade de seus pares), repeliram os argumentos da defesa e afirmaram “não se tratar de mero acidente de trânsito sem intenção de matar” e confirmaram o que sempre disse a acusação, de que se trata de “duplo homicídio doloso eventual que deve ser julgado pelo tribunal do júri”.
Mattar Assad prevê que o júri poderá se realizar nos primeiros meses de 2018.
Outro lado
A Banda B não conseguiu contato com a defesa de Carli Filho na noite desta terça-feira, até o fechamento desta reportagem.

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