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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (20), reduzir a taxa Selic de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano.
A decisão foi unânime. Todos os diretores votaram pela redução.
No comunicado divulgado após a reunião, o comitê argumentou que a
redução da taxa é "compatível com a estratégia de convergência da
inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que
inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025".
O Copom voltou a defender que o cenário demanda "serenidade", mas já
sinalizou que poderá cortar novamente a Selic em 0,5 ponto percentual no
próximo encontro.
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"Em se confirmando o cenário esperado [de desinflação e ancoragem das
expectativas em torno da meta de inflação], os membros do Comitê,
unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e
avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária
contracionista necessária para o processo desinflacionário", afirmou o
Copom em nota.
Na avaliação do colegiado, a execução das metas fiscais estabelecidas
pelo governo federal pode contribuir para o processo de ancoragem das
expectativas da inflação e para a condução da política monetária.
O comunicado pondera que:
- no cenário externo, a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China exigem maior atenção por parte de países emergentes;
- já para cenário doméstico, há expectativa de desaceleração da economia nos próximos trimestres;
- se por um lado, uma maior persistência das pressões inflacionárias globais pode ser um fator de risco para uma possível alta da inflação no Brasil, por outro, uma desaceleração da atividade econômica global pode ser um fator de baixa.
Este foi o segundo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. Em 12,75%, a taxa chegou ao menor patamar dos últimos 16 meses.
A redução anunciada nesta quarta já era esperada pelo mercado financeiro.
Isso porque no comunicado da última reunião, o Copom sinalizou que
poderia continuar reduzindo a Selic na “mesma magnitude" do corte
adotado em agosto. Ou seja, de 0,5 ponto percentual.
Após a divulgação do comunicado do Copom, o secretário-executivo do
Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse à imprensa que a pasta
recebeu o comunicado "de maneira muito positiva", sobretudo, em relação a
dois pontos: o fato de a decisão ter sido unânime e a sinalização do
comitê de futuros cortes de 0,5 ponto percentual na Selic.
"Isso dá tranquilidade grande pro mercado, uma boa sinalização que a
gente também recebeu de maneira positiva, e esperamos seguir fazendo
nosso esforço, harmonizando a política fiscal pra que a política
monetária siga nessa tendência, que é uma tendência muito positiva pro
país", afirmou Durigan.
Até o Copom iniciar o ciclo de corte da Selic, o presidente Lula e
outros membros do Executivo criticavam com frequência as decisões do
comitê em manter a taxa básica em 13,75% - patamar que vigorou entre
agosto de 2022 e o início de agosto deste ano.
A avaliação do governo era que a Selic em 13,75% inibia o crescimento da economia.
Reuniões do Copom
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, e por oito diretores da autarquia – dois deles indicados pelo
presidente Lula.
O colegiado costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da
taxa Selic. Neste ano, o comitê ainda deverá se reunir duas vezes:
- em 31 de outubro e 1º de novembro
- em 12 e 13 de dezembro
Taxa básica de juros
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação.
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Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o
BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no
objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.
Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram a
estimativa de inflação deste ano, de 4,93% para 4,86% (ainda acima do
intervalo da meta de inflação para 2023), e passaram a projetar uma
inflação de 3,86% para 2024 (dentro do intervalo da meta).
Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
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