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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: DivulgaçãoNos últimos dias, a suposta descoberta de uma civilização secreta no
coração da floresta Amazônica, se espalhou com grande velocidade pelas
redes sociais.
O ex-secretário Especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL), Mario Frias caiu no conto do Ratanabá, cidade submersa repleta de riquezas que estaria supostamente localizada na Amazônia.
Pelas redes sociais, ele contou que recebeu em
seu gabinete Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Associação
Dakila Pesquisas, defensor da ideia da existência do local criado há
mais de 450 milhões de anos (o ser-humano existe cerca de 1 milhão).
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Urandir é o mesmo que apresentou o Et Bilú ao mundo em meados de 2010.
"A revelação de Ratanabá, a 'cidade perdida' na Amazônia Brasileira,
virou um dos assuntos mais comentados na mídia e nas redes sociais.
Segundo os números do Google Trends, a procura por “Ratabaná” teve um
aumento repentino nos últimos dias. A hashtag #EmRatanabá explodiu no
Twitter", iniciou Mario.
"Tenho visto muita confusão sobre o tema e quero
esclarecer alguns pontos. No dia 11 de setembro de 2020, enquanto eu
estava como Secretário de Cultura, recebi no meu gabinete o Urandir
Fernandes de Oliveira, que é o presidente da Associação Dakila
Pesquisas, entidade independente que revelou Ratanabá", afirmou.
"Na ocasião, ele me apresentou um documento que resume
os estudos iniciados pela associação desde 1992, ano em que Ratanabá
teria sido descoberta. Vi diversas fotos de artefatos bem elaborados de
metal e de cerâmica encontrados em galerias subterrâneas no Real Forte
Príncipe da Beira, no município de Costa Marques (RO). Segundo Urandir,
estas galerias fazem parte do Caminho do Peabiru que são trajetos que
cortam o continente sul-americano e se interconectam criando uma estrada
com ramificações subterrâneas e de superfície que partem de Ratanabá",
acrescentou.
Frias diz que a associação tem imagens do local, e que,
até o fim do mês, "estarão processadas e vão nos mostrar o que
realmente há lá".O Ecossistema Dakila, instituição sem caráter
científico e órgãos oficiais de pesquisas, que diz estudar a capital
perdida, defende outras teorias como a terra plana e faz parte de
movimentos anti-vacina, receberam o apoio do Governo Federal.
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"Os pesquisadores contaram com o apoio do Exército, do
Iphan, das Forças Aéreas, da Defesa Civil, do Ministério da Defesa,
entre outros órgãos. Não houveram aportes financeiros do governo
federal, a Dakila utiliza recursos próprios para todas as suas
pesquisas", destacou.
O instituto afirma que Ratanabá teria sido a capital do
mundo há 450 milhões de anos. Entretanto, nessa época, a Terra vivia o
período ordoviciano, ou seja, o planeta começava a ter os primeiros
animais vertebrados.
A existência da tal cidade soterrada já foi refutada
por pesquisadores que afirmam que nem a América do Sul existia no
período. Por isso, não há nenhum embasamento na arqueologia e na
geologia para a existência de Ratanabá.
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