By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O IBGE suspendeu as provas para a contratação de agentes que fariam o Censo Demográfico.
O IBGE esperava contratar pelo menos 204 mil funcionários temporários
para a realização do Censo de 2021. Esses agentes iriam coletar
informações de mais de 70 milhões de domicílios para fazer uma
radiografia do Brasil, mas diante do corte de verbas para a pesquisa, as
provas para a seleção dos candidatos foram suspensas por tempo
indeterminado.
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Na votação do Orçamento da União para 2021, o Congresso aprovou uma redução de 96% dos recursos destinados ao Censo. Em vez de R$ 2 bilhões, o IBGE deve receber pouco mais de R$ 70 milhões. Segundo o instituto, a falta de dinheiro inviabiliza a realização do censo.
Um dia depois do anúncio do corte, feito no fim de março, a presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, pediu demissão.
O Censo Demográfico começou em 1940 e, por lei, deve ser repetido a
cada 10 anos. O último foi em 2010. O que estava previsto para 2020 teve
que ser adiado por causa da pandemia.
Economista e ex-presidente do IBGE Eduardo Pereira Nunes diz que o
levantamento é essencial para que o país se conheça e os governos
definam as políticas públicas.
"A educação vai penar, a habitação, o saneamento, as condições de
transporte, que são pesquisadas no censo, de locomoção da população. Em
suma, as condições de vida de uma população em um nível mais detalhado,
que é o município brasileiro, nós só temos no censo a cada 10 anos. Não
podemos ficar sem censo, porque sem censo, um país não se conhece, e um
governo não planeja o futuro", explica.
O IBGE ainda espera um posicionamento definitivo do Ministério da
Economia sobre a destinação de verbas para o censo. Os técnicos
acreditam em um novo remanejamento de recursos, já que o Orçamento da
União ainda não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
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"O IBGE vem trabalhando desde o ano passado no planejamento do censo. A
nossa expectativa ainda é conseguir realizar, mas aguardamos a
negociação entre e o Ministério da Economia e o governo para saber se
isso será viável do ponto de vista orçamentário", afirmou o coordenador
de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros.
O Ministério da Economia não quis se manifestar.
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