By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Lula Marques
Sergio
Moro não é mais juiz. O responsável pela condenação do ex-presidente
Lula pediu exoneração de seu cargo nesta sexta-feira, 16 de novembro. A
solicitação foi aceita pelo presidente do Tribunal Regional Federal da
4ª Região (TRF-4) desembargador federal Thompson Flores.
O
magistrado abriu mão do cargo em Curitiba para ser ministro da Justiça
de Jair Bolsonaro (PSL). Paralelamente, a partir da publicação da
exoneração, Sérgio Moro deixa de ser investigado pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) por possível atuação política ao aceitar ministério no
próximo governo e ao liberar áudios de telefonema entre os
ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Lula. Exonerado, o CNJ perde a
competência de investigação, cuja abrangência se dá somente sobre
membros do Poder Judiciário brasileiro. No Ministério, Moro passa a
fazer parte do Poder Executivo.
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Ele
nega que suas atuações tenham cunho político. Em 2016, afirmou ao
jornal O Estado de S. Paulo que jamais entraria para a política. No
começo de outubro deste ano, disse que exerceria uma missão técnica,
reforçando um possível distanciamento à esfera política.
De
acordo com o tribunal de Curitiba, Moro escreveu, ao pedir exoneração,
que “houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da
jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar
do planejamento de ações do futuro governo”. Para ele, “embora a
permanência na magistratura fosse relevante ao ora subscritor por
permitir que seus dependentes continuassem a usufruir de cobertura
previdenciária integral no caso de algum infortúnio, especialmente em
contexto no qual há ameaças, não pretendo dar azo a controvérsias
artificiais, já que o foco é organizar a transição e as futuras ações do
Ministério da Justiça”.
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