quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Major assassinado na Baixada Fluminense era ameaçado por bando do traficante mais antigo no poder no Rio, diz PM


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação


A execução do major da Polícia Militar Alan de Luna Freire, de 40 anos, pode ter relação com o traficante mais antigo ainda no poder no Rio de Janeiro, Fernandinho Guarabu. A informação foi apontada no registro da ocorrência do assassinato do militar, ocorrido na manhã desta terça-feira (27) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Segundo a polícia, criminoso encapuzados emparelharam o veículo onde estavam ao carro particular do policial na Rua Pensilvânia, no Bairro Jardim da Viga, e efetuaram diversos disparos. Alan morreu no local.
Os policiais que fizeram o registro da ocorrência destacaram que testemunhas disseram que o major vinha sendo ameaçado pelo ex-PM Antônio Eugênio de Souza Freitas, conhecido como Batoré. Ele chegou a ser preso em abril do ano passado numa grande operação da polícia, mas foi solto um mês depois durante um plantão judicial. 
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As ameaças eram feitas porque o major, que era lotado no 17ª BPM (Ilha do Governador) comandava ações que visavam prender o traficante Fernandinho Guarabu, criminoso que chefia a venda de drogas na Comunidade do Dendê. 
Guarabu é o traficante que há mais tempo está em liberdade à frente da venda de drogas de uma comunidade do Rio. Ele está no comando das comunidades desde 2004, quando assumiu após uma sangrenta guerra pelas bocas de fumo que começou em setembro de 2003 e durou nove meses. Pelo menos 20 pessoas morreram em ataques ao Morro do Dendê.  
Conforme mostrou o G1, de 2003 a 2016, a Justiça do Rio expediu 14 mandados de prisão contra o traficante por crimes de homicídio, tráfico, associação ao tráfico e porte ilegal de armas contra Fernandinho Guarabu.
Investigações revelaram que Guarabu e seu grupo pagavam R$ 5 mil por mês a policiais militares para não reprimirem o crime organizado na Ilha do Governador. Em troca, os PMs também seriam atacados pelo bando.
Dados da PM apontavam, em 2016, o batalhão da Ilha do Governador como o último colocado na apreensão de fuzis em todo o estado do Rio de Janeiro. Em dezembro de 2015, apenas um foi apreendido na região.
Perseguição frustrada
No dia 9 de novembro deste ano, uma perseguição policial foi realizada na tentativa de interceptar um comboio de carros do bando de Guarabu na Ilha do Governador. Três pessoas foram baleadas feridas na troca de tiros entre os criminosos e policiais civis.
A perseguição começou quando agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) buscavam um grupo de traficantes que estava saindo da Comunidade do Dendê, segundo o delegado Alessandro Petralanda, titular da especializada.
De acordo com a polícia, Guarabu teria ido se esconder com outros traficantes na Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré. Mas ele estava sendo monitorado por agentes da Secretaria de Segurança e, ao tentar voltar para a Ilha do Governador neste comboio, foi ao encontro dos policiais na Estrada do Galeão, no bairro da Portuguesa, e houve intensa troca de tiros. 
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Durante a ação, armas foram apreendidas. Os suspeitos baleados, que seriam seguranças de Guarabu, segundo a polícia, morreram no local.
Vídeo obtido pelo RJ2 mostrava o traficante Guarabu circulando tranquilamente pelo bairro. Ele continua sem paradeiro e ainda é procurado pelos agentes de segurança.
Trabalhos de repercussão
O major Luna participou de trabalhos recentes de grande repercussão no combate à criminalidade. 
Em 2012, ele deu apoio à Polícia Federal e ao Serviço Aeropolicial (Saer) da Polícia Civil na caçada que terminou na morte do traficante Márcio José Sabino, o Matemático, na favela da Coreia, em Senador Camará.
Ano passado, após uma ação na Cidade Alta em que 45 criminosos foram presos e 33 fuzis apreendidos, um criminoso que participou da invasão - Carlos Alberto de Assis Farias, conhecido como Cachoeira - fez uma gravação no Hospital Getúlio Vargas contando que deu dinheiro para PMs do 16º BPM facilitarem a entrada da quadrilha dele na Favela.
A filmagem foi feita pela equipe do major Luna, à época lotado na unidade, e resultou na prisão de nove policiais militares. 

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