By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC – Imagem: RPC
O prefeito de Santa Terezinha de Itaipu, no oeste do Paraná, Cláudio
Eberhard (PSDB), foi preso preventivamente pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta
quarta-feira (9), durante a deflagração da Operação Saruê.
A ação apura uma suposta associação criminosa formada por servidores
municipais e empresários da cidade envolvendo a desapropriação de
terrenos e a criação de loteamentos.
Durante a operação foram cumpridos mandados de prisão preventiva ainda
contra o vereador Antônio Luiz Bendo, o Bim (PP), um servidor público -
ex-secretário municipal - e três empresários, um deles de Marechal
Cândido Rondon, também no oeste.
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O prefeito e o vereador tiveram as funções públicas suspensas pela
Justiça. Com isso, a vice-prefeita, Neide Mariot Corrente, deve assumir o
comando do município.
Depois de passar por exames no Instituto Médico-Legal (IML), Cláudio
Eberhard foi encaminhado para a Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu 1
(PEF 1).
A defesa do prefeito, representada pelo advogado Rogério Botelho, disse
que ele nega o envolvimento em qualquer fato ilegal e que provará sua
inocência no decorrer do processo.
O advogado Kaio Veloso, que defende o vereador Antônio Luiz Bendo,
disse que ainda não teve acesso aos autos e que seu cliente nega o
envolvimento em qualquer fato ilícito.
Apreensões e flagrantes
Os agentes também prenderam em flagrante por porte ilegal de arma um
funcionário da Guarda Patrimonial do município que fazia a segurança
privada na casa do prefeito e o gerente de um frigorífico.
Os mandados de buscas e apreensões foram cumpridos na Prefeitura de
Santa Terezinha de Itaipu, na Câmara Municipal, em casas e empresas dos
investigados.
Além de documentos, telefones celulares e computadores, os agentes
recolheram o equivalente a cerca de R$ 190 mil em dinheiro e mais de R$
430 mil em cheques.
Fraudes
De acordo com as investigações iniciadas em 2016, o prefeito editou
decretos de utilidade pública para a suposta expansão de áreas
industriais que, entretanto, tinham como objetivo desvalorizar terrenos
particulares de interesse de um grupo ligado a Eberhard.
Depois de vendidos os terrenos, os decretos seriam revogados e projetos
de loteamento aprovados para beneficiar empresários do grupo,
garantindo lucros ainda maiores, aponta o Ministério Público Estadual
(MP-PR). Segundo o apurado, a desoneração chegaria a 50% no valor dos
terrenos.
O promotor Tiago Lisboa comentou que no gabinete do prefeito foram
apreendidos mapas com projetos de loteamentos em áreas compreendidas
pelos decretos de desapropriação.
"O prefeito editou em 2015 estes decretos de desapropiração com a
finalidade a princípio de ampliação da área industrial. Descobrimos que
aparentemente houve um desvio de finalidade. E, várias pessoas físicas,
vários donos destes imóveis nesta área antes considerada rural, foram
atingidos por estes decretos e tiveram os imóveis depreciados. Foi aí
que o grupo passou a atuar", destacou.
São investigadas ainda possíveis fraudes em licitação e fraudes na execução de contratos de revestimento de ruas.
Os envolvidos devem responder por crimes de fraudes em licitação, falsidade ideológica, extorsão e associação criminosa.
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