By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: DIARIO CATARINENSE – Imagem: Divulgação
Paulista, ex-PM, Lusvarghi foi detido na sexta-feira (4) por uma organização ucraniana ultranacionalista e de extrema-direita, o Batalhão Azov, que o entregou ao serviço secreto ucraniano. Ele estava refugiado num mosteiro desde o final do ano passado, porque seu passaporte foi confiscado pelas autoridades da Ucrânia.
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É a segunda prisão de Lusvarghi. Na primeira ocasião, em outubro de
2016, ele foi preso em Kiev (capital da Ucrânia) após aceitar uma oferta
falsa de trabalho em segurança privada - seria uma armadilha preparada
pelo serviço secreto ucraniano para atrair mercenários pró-Rússia e
prendê-los.Lusvarghi foi então condenado a 13 anos de reclusão, acusado de terrorismo associado à guerra civil no Donbass (região ucraniana com maioria de habitantes de fala russa, que desejam anexação à Rússia). O brasileiro efetivamente combateu ao lado dos separatistas pró-Rússia na guerra civil ucraniana. Ele mesmo divulgou nas redes sociais filmagens onde dispara com fuzis, morteiros, canhões e tripula tanques de guerra. As imagens ajudaram na sua condenação.
Por falhas processuais, a sua condenação foi anulada, mas ele não conseguiu sair da Ucrânia após sua libertação, porque ficou sem passaporte. Aí se refugiou num mosteiro, onde foi detido na sexta-feira (4). Os integrantes do Batalhão Azov e do C14 (outra milícia direitista) agrediram Lusvaghi e o interrogaram violentamente, conforme vídeos divulgados pela imprensa ucraniana. Uma das filmagens mostra os nacionalistas gritando com Lusvaghi, dando tapas no seu rosto e exigindo dele arrependimento.
- Diga-me quais são os seus pecados e o que você não vai mais fazer - fala um dos milicianos.
Lusvarghi consente.
- Lutar é errado. Eu vim aqui para ajudar, mas de fato não ajudou. Deixou as coisas piores - responde ele.
O extremista ucraniano então exige que o brasileiro peça desculpas. Lusvarghi concorda:
- Me perdoem pelo meu mau comportamento contra o povo de vocês - fala o brasileiro.
O tribunal determinou que ele seja novamente investigado conforme o artigo 258 do Código Criminal ucraniano (promoção ao terrorismo), de acordo com fontes consultadas por GaúchaZH.
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