By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Jose Lucena (Futura Press)
"Não
estou aqui pelo direito de ser candidato. Eu quero que eles parem de
mentir a meu respeito, devolvam a minha inocência, porque eu quero ser
candidato", disse o petista.
"Eles
não vão prender meus pensamentos, não vão prender meus sonhos. Se não
me deixarem andar, vou andar pelas pernas de vocês. Se não me deixarem
falar, falarei pela boca de vocês. Se meu coração deixar de bater, ele
baterá no coração de vocês", disse Lula a um Circo Voador lotado -a
capacidade é de 5.000 pessoas.
Ele
participou do "Ato em defesa da democracia e justiça para Marielle
Franco", no Circo Voador, casa de shows na Lapa, centro do Rio.
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Este
evento foi anunciado como o último evento antes do julgamento do STF
(Supremo Tribunal Federal) na quarta-feira (4), que vai analisar o
habeas corpus da defesa do petista contra a ordem de prisão do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região.
Condenado
por corrupção pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Lula depende
de um habeas corpus do STF para não ser preso. Os ministros se reúnem
na quarta-feira (4) para decidir sobre o caso.
Lula
voltou a criticar as decisões do juiz Sérgio Moro e dos magistrados do
TRF-4 e disse que não aceita a "ditadura do Ministério Público".
"Eu
não estou acima da lei. Quero ser tratado como qualquer cidadão. Quero
que eles parem de mentir. Quero ser julgado com base no mérito. Se
encontrarem uma prova, eu me calo", declarou ele.
O STF analisará apenas a constitucionalidade da prisão após acórdão da segunda instância
MARIELLE
Estavam ao lado do petista o cantor Chico Buarque, a pré-candidata à
Presidência Manuela D'Ávila (PC do B), membros do PSOL, PSB, PDT e PCO, e
a viúva de Marielle Franco, a arquiteta Mônica Benício.
A
presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, pediu aos partidos de
esquerda união entorno da pré-candidatura de Lula. Ela disse que o
momento é de lutar contra o avanço do que ela classificou como fascismo.
"A
história vai nos cobrar por esse momento, pelo enfrentamento das forças
do atraso. Temos que lutar pelo Brasil, pelo povo brasileiro, pela
democracia, pela nossa Constituição. É isso que o povo espera de nós.
Por isso a tarefa mais importante é que a gente forme uma grande e ampla
frente democrática e progressista", disse a senadora.
O
deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) defendeu a pré-candidatura de
Lula e a união dos partidos de esquerda, embora com candidaturas
múltiplas.
"A
gente está aqui para não termos que contar mais corpos para nos
juntar", disse Freixo, em referência à morte de Marielle, sua
ex-assessora.
O
ato estava marcado como lançamento da pré-candidatura de Lula à
Presidência, Celso Amorim ao governo do Rio e de Lindbergh Farias ao
Senado. Mas alterou seu mote para "defesa da democracia".
Mônica Benício afirmou que o assassinato de Marielle "é só mais um ataque a democracia que estamos vivendo".
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