sexta-feira, 6 de abril de 2018

Bebê com deficiência múltipla teve transferência de hospital negada 15 vezes


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação


O bebê com um mês de vida que sofre de diversos problemas no coração e tem deficiência múltipla teve o pedido de transferência de hospital negado pelo menos 15 vezes, conforme um documento obtido pela TV TEM nesta quarta-feira (4).
A família, que mora em Sorocaba, acionou a Justiça para conseguir marcar uma cirurgia que pode salvar a vida de Miguel Henrique Souza, que está entubado na Santa Casa desde o dia em que nasceu.
O documento relaciona diversas respostas negativas de responsáveis por administrar hospitais tanto da capital quanto do interior de São Paulo. 
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Em todas as 15 solicitações, os responsáveis pelos hospitais negam a transferência, na maioria dos casos por falta de vagas, mas também por a unidade não ser especializada no caso: 
Em nota, a Central de Regulação de Vagas e Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) afirma que a ação judicial referente ao caso do paciente foi movida contra a Prefeitura de Sorocaba, a quem cabe adotar as procidências necessárias para atender a decisão.  
Apesar disso, a pedido do próprio município, o Cross está auxiliando no processo de busca de vaga em referência de cardiopatia congênita. Os médicos estão monitorando constantemente a evolução de seu quadro de saúde, pois o paciente apresentava quadro clínico de infecção, o que inviabiliza a transferência.
O procedimento cardíaco pediátrico é apenas um dos que o paciente com deficiência em vários membros do corpo precisa. De acordo a mãe do bebê, Gedália Jovino, de 31 anos, os exames realizados durante a gestação não detectaram qualquer anormalidade no feto.
Algo errado
Miguel nasceu com furos no coração, parte de um braço e pernas de diferentes tamanhos. “O que mais me assustou foi que ninguém viu nada disso, muitas coisas poderiam ser feitas se tivesse visto ainda do parto”, desabafa.
A empregada doméstica notou que havia algo errado com o filho nos primeiros minutos após o parto. Ela foi informada que o bebê precisaria de cuidados especiais. Desde o dia 7 de março a criança não saiu do hospital e permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 
Luta jurídica
Pela situação grave da criança, a advogada Cássia Monteiro juntou a documentação de exames e levou o caso à Justiça. O processo pede agilidade na transferência de Miguel Henrique Souza e a realização da cirurgia. 
Cinco filhos
Gedália e o marido moram no Jardim Gonçalves com outros quatro filhos de 3, 8, 10 e 14 anos. Os irmãos ainda não tiveram contato com Miguel e ficam em casa enquanto a mãe presta apoio ao bebê internado.
“As crianças ficam em casa e a gente se vira como pode, mas ficamos na angústia. Não quero dinheiro e não precisa de campanha por enquanto. Só quero que ele passe por essa cirurgia”, desabafa. 

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