terça-feira, 5 de julho de 2016

Estudante cearense cria polpa de frutas antiviral e vence concurso em Nova York



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: TRIBUNA DO CEARÁ Imagem: Divulgação


Natural de Iracema, no interior do Ceará, Helyson Lucas Bezerra, de 20 anos, foi aluno do curso técnico em Meio Ambiente do campus de Limoeiro do Norte do IFCE. Mas o esforço o levou para outros patamares. Ele conquistou a medalha de ouro na Genius Olympiad, em Nova York, nos Estados Unidos.
A competição é uma das mais renomadas do mundo que apresenta projetos de estudantes do ensino médio sobre questões ambientais. Helyson conseguiu unir conhecimento científico e popular para desenvolver, ainda em 2013, o projeto “Ação sinergética de antiviral natural”.
Com a mistura de acerola, caju, goiaba e óleo de romã, ele preparou o que denomina de polpa, que se mostrou um poderoso antiviral a base apenas de frutas. A orientadora Renata Chastinet conta que foram realizados testes em pessoas que tomaram o medicamento natural e em outras em quem foi ministrado remédio industrializado.
Aquelas pessoas que tomaram a polpa tiveram melhora no sistema imunológico, com aumento de leucócitos, redução de sintomas e destruição mais rápida do vírus. Para Helyson, a descoberta oferece um produto natural, eficaz e barato, podendo atender grande parcela da população.
Efeito estufa
Helyson não foi o único cearense a se destacar na Genius Olympiad 2016. A estudante Adriana Mendes, 20 anos, que cursa Agronomia no IFCE de Limoeiro e Técnico em Administração na Escola Normal, no mesmo município, teve seu trabalho certificado pela comissão julgadora da competição. Sua pesquisa, orientada pelas professoras Renata Chastinet e Keline Albuquerque, com coorientação da também docente Karlucy Farias, utiliza simulação em laboratório para analisar o comportamento das plantas sob a ação do efeito estufa nos próximos dez anos.
Na análise, foram utilizadas plantas de moringa, conhecida pela sua alta resistência a diferentes condições climáticas e pela sua capacidade de servir para alimentação tanto humana quanto animal. Como o impacto com a moringa foi alto num cenário simulado, diante do efeito estufa, o próximo passo é tentar desenvolver, com melhoramento genético, uma planta com mais capacidade de suportar e absorver a incidência de CO2.

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