By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOOO – Imagem: Divulgação
O
ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve
deixar nos próximos dias a residência oficial da presidência da Casa, no
Lago Sul, para passar a ocupar um apartamento funcional em Brasília. O
ato da Mesa Diretora da Câmara com essa previsão foi elaborado nesta
quinta-feira (21), segundo o 1º secretário da Casa, deputado Beto Mansur
(PRB-SP).
Cunha
renunciou à presidência da Câmara no último dia 7 de julho e, desde
então, perdeu o direito de usar a residência oficial e regalias como
avião da Força Aérea Brasileira e segurança pessoal. Pelas regras da
Casa, o deputado tem prazo de até o dia 6 de agosto para desocupar o
imóvel. Cunha entrou em contato com a Diretoria Geral da Câmara na
última sexta-feira (15), um dia após o seu sucessor, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), ser eleito no cargo, e solicitou o apartamento funcional.
Segundo
Mansur, o ato da Mesa - elaborado hoje - substitui um outro, editado em
13 maio, que viabilizou a permanência de Cunha na residência oficial,
enquanto estivesse afastado do mandato e da presidência da Câmara por
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). À época, esse ato foi
inspirado nas regras que o Senado fixou para a presidenta Dilma
Rousseff, depois de ser afastada em razão do processo de impeachment.
Privilégio
Pelas
regras da Câmara, benefícios como auxílio-moradia ou apartamento
funcional são concedidos a parlamentares que estão em pleno exercício do
mandato. Questionado se Cunha está sendo privilegiado já que está
afastado, Mansur disse que não. “Ele [Cunha] está afastado liminarmente.
Não houve uma determinação especifica por parte do Supremo no sentido
de que maneira ele estaria afastado” justificou.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia ( DEM-RJ), também considerou correto
o ato concedendo apartamento funcional a um deputado afastado. “Ele
[Cunha] tem mandato , enquanto ele for deputado a resolução é correta”,
afirmou.
Maia
acrescentou que a Câmara poderá editar um ato disciplinando possíveis
futuros casos semelhantes, mas admitiu que é preciso avaliar com calma
se cabe à Casa regulamentar especificamente o assunto. A ideia é
produzir um ato da Mesa que possa envolver qualquer deputado, que
eventualmente esteja afastado liminarmente para que ele possa ter as
condições e as prerrogativas do seu mandato.
Defensores
dessa norma dizem que esta é uma forma de preservar a Câmara em uma
eventualidade que possa ocorrer. Há dúvidas quanto a, por exemplo, se é
possível chamar um suplente durante o afastamento liminar de Cunha ou
não.
Benefícios
Mesmo
após a suspensão do mandato pelo Supremo Tribunal Federal no dia 5 de
maio, por obstrução às investigações da Operação Lava Jato, Eduardo
Cunha continua com alguns benefícios como salário de R$ 33,7 mil e R$ 92
mil de verba de gabinete para custear assessoria parlamentar.
Algumas
regalias, no entanto, foram cortadas como o chamado “cotão”, uma verba
usada pelos deputados para custear os gastos no exercício da atividade
parlamentar, como manter escritório político no estado de origem e pagar
passagens aéreas.
O
valor dessa verba depende do estado de origem do parlamentar porque
leva em consideração o preço das passagens aéreas de Brasília até a
capital do estado pelo qual o deputado foi eleito. No caso do Rio de
Janeiro, é de cerca de R$ 35,7 mil por mês. MATÉRIAS RELACIOANDAS:
Patrimônio de esposa de Cunha cresceu 150% em seis anos, aponta Receita Federal.
Temer e Cunha se reuniram secretamente no Palácio do Jaburu.
Por contas na Suíça, Cunha se torna réu no STF pela 2ª vez.
Justiça no Paraná bloqueia bens e quebra sigilo fiscal de Eduardo Cunha.
Cunha teria feito ameaças a Temer. 'Se cair, cairei atirando', diz jornal.
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Teori libera para julgamento no STF denúncia sobre contas de Cunha na Suíça.
Força-tarefa da Lava Jato propõe ação de improbidade contra Cunha.
Mulher de Cunha "lavou" mais de US$ 1 milhão em propina com sapatos e roupas.
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