By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá – Imagem: RPC TV
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou nesta quarta-feira
(25) que ofereceu denúncia contra o deputado estadual Nelson Justus
(DEM). A denúncia refere-se à época em que Justus presidia a Assembleia
Legislativa do Paraná (Alep) e tem como base a suspeita de contratação
de funcionários fantasmas com o intuito de desviar de dinheiro público.
A
irregularidade se tornou pública a partir de uma série de reportagens
publicada pela RPC e pelo jornal Gazeta do Povo conhecida como "Diários
Secretos". A denúncia ocorre cinco anos após as irregularidades serem
conhecidas pela população parananese.
Além do
parlamentar, mais 31 pessoas ligadas ao gabinete dele estão sendo
acusada dos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro. A denúncia, que conta com 313 páginas
de narrativa fática, foi oferecida na quinta-feira (12) e, de acordo com
o MP-PR, está em fase de notificação dos acusados para apresentação de
defesa.
Nelson Justus afirmou que vai provar
que é inocente e que está muito tranquilo em relação ao caso. "Agora o
Ministério Público terá que provar na Justiça que houve mesmo algo
contra mim", declarou o deputado.
Diários Secretos
A
série "Diários Secretos" mostrou a contratação de funcionários
fantasmas pelo Poder Legislativo do Paraná. Alguns desses, com salários
de milhares de reais.
Conforme as reportagem,
conduzida durante dois anos pela RPC e pelo jornal Gazeta do Povo, o
rombo nos cofres públicos chegou a mais de R$ 200 milhões.
As
reportagens mostraram também que as nomeações de funcionários fantasmas
percorriam, aparentemente, todos os trâmites normais dentro da Alep.
Desde a indicação até a publicação, tudo passava pelos diretores e pela
Mesa Executiva da Casa, da qual Justus era o presidente, e do então
primeiro-secretário Alexandre Curi (PMDB).
O
problema estava na forma como essas nomeações eram feitas, segundo as
reportagens. Muitos dos funcionários jamais compareceram na Assembleia.
Germina Leal de Matos era uma dessas pessoas. Em nome dela, foram
desviados cerca de R$ 3 milhões.
Apesar de todo
esse dinheiro, a mulher vivia com a família em uma situação precária.
Ela emprestava os documentos em troca de R$ 150 mensais. Como ela,
centenas de pessoas foram envolvidas no esquema e foram "contratadas"
pela Alep, sem nunca terem pisado nos corredores do Legislativo do
Paraná.
As nomeações eram publicadas em Diários Oficiais da Assembleia com circulação mínima, que nunca chegavam às mãos da população.
A
série de reportagem recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo e gerou várias
mudanças também na estrutura da Assembleia Legislativa. Além da
publicação dos atos nos Diários, a Casa conta atualmente com um portal
da transparência, que aponta todos os gastos e atos tomados pela
administração do Legislativo.
Na página, os
cidadãos também podem conferir os nomes e salários de todos os
servidores que atuam na Casa e até as listas de presença dos deputados
que participaram das sessões convocadas.
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