Ronaldo começou no futsal do Valqueire Tênis Clube, transferindo-se cedo para o Social Ramos Clube (RJ), para logo em seguida mudar-se para o São Cristóvão, também carioca. Porém foi no Cruzeiro que se profissionalizou e alcançou a fama como atleta, no segundo semestre de 1993. Aos 14 anos, teve seu passe comprado pelos empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta por US$ 7.500.
Sub-17 -- Ronaldo, ainda no São Cristóvão, estreou com a camisa da seleção brasileira sub-17 em um amistoso contra a Nigéria, na Granja Comary, Teresópolis (17/1/1993). O time perdeu por 2 a 1. Foi artilheiro do Campeonato Sul-Americano da categoria na Colômbia, sendo o único destaque individual do time que terminou apenas em quarto lugar e fora do Mundial sub-17.
Juvenil -- Ainda em 1993, Ronaldo foi oferecido por US$ 25 mil ao São Paulo. O negócio envolvia metade do passe do jogador apenas. O time paulista, sob o comando de Telê Santana, em férias, não quis o acerto. O Cruzeiro então pagou US$ 20 mil em fevereiro de 93 (por 45% dos direitos). Em seu primeiro jogo pelo Campeonato Mineiro de juniores, marcou três gols contra o Oliveira, na vitória por 7 a 0.
Estreia -- No dia 25 de maio de 1993, Ronaldo viajou com a delegação profissional para Poços de Caldas, interior de Minas. O time ganhou por 1 a 0, com gol de Ramon. Com 16 anos e oito meses, depois de 83 dias de Cruzeiro, ele já era atleta profissional do clube mineiro.
Após disputar um torneio pelo Cruzeiro em Portugal, o Porto ofereceu ao Cruzeiro US$ 500 mil pela promessa cruzeirense. O time mineiro pediu US$ 750 mil e as negociações não avançaram. No Brasileiro de 93, já com novo status no clube, Ronaldo marcou o seu primeiro gol na competição. Foi na vitória contra o Bahia, 3 a 1.
No dia 23 de março de 94, em um amistoso contra a Argentina, no Recife, estreou com a camisa da seleção brasileira. Com 17 anos, seis meses e um dia, ele entrou em campo no finzinho da partida, na vaga de Bebeto, que já havia construído a vitória por 2 a 0. No Estádio da Ressacada, em Florianópolis, ele largou como titular, contra a Islândia e fez o primeiro gol representando o time principal do país na vitória por 3 a 0. Foi o último amistoso do país antes do embarque para os Estados Unidos.
Primeira Copa – Com apenas 23 partidas no profissional e 21 gols, Ronaldo foi convocado por Carlos Alberto Parreira para jogar a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Assistiu do banco à conquista do quarto título mundial. Quando voltou do torneio, sem jogar, passou a ter o maior salário do Cruzeiro. O Porto, agora, oferecia US$ 3 milhões. O Cruzeiro fixou o passe em US$ 10 mi -- o que seria a maior transação do futebol brasileiro.
PSV – No dia 3 de agosto de 1994, o Cruzeiro anunciou sua venda para o PSV, da Holanda, por US$ 6 milhões. Na época, tinha 1,79 m de altura e 75 quilos. Após crescer quatro centímetros e ganhar sete quilos, descobriu-se que ele tinha a síndrome Osgood Schlatter -- o que afeta a articulação do joelho para quem está em fase de crescimento. O tratamento poderia ser com repouso, mas o clube optou em operá-lo em março de 1996. Jogou 56 partidas com 55 gols pelo PSV.
Leilão – O Barcelona ofereceu US$ 10 milhões pelo passe de Ronaldo. Com a recusa do PSV, o clube catalão dá um lance 50% maior. O PSV pede US$ 22 milhões. O negócio é fechado por US$ 20 mi . Durante esse leião, Ronaldo servia a seleção brasileira na Olimpíada de Atlanta, em 1996. O seu salário seria de US$ 2 milhões por ano.
Barcelona – No dia 12 de outubro de 96, Ronaldo se consagra no Barcelona. Era dia de Nossa Senhora Aparecida, sua padroeira, e enfrentava o Compostela. Com 30 segundos, driblou a defesa toda e só não fez o gol porque o zagueiro cortou a bola e marcou contra. Após ser aplaudido de pé em outro lance, faz um gol antológico arrancando da defesa. Foram 14 segundos, 16 toques na bola, 5 advesários driblados, 34 passos, 46 metros percorridos.
Melhor do mundo (1) – No dia 20 de janeiro de 1997, em Lisboa, Ronaldo desbanca Alan Shearer e George Weah e é eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa na temporada de 96. Paralelamente, inicia o namoro com a atriz Susana Werner.
Inter de Milão – O clima em Barcelona para Ronaldo já não era mais o mesmo. Arsenal, Manchester United e Inter de Milão tentam tirar o jogador do Camp Nou. Por US$ 30 milhões, os italianos vencem o leilão. O atacante passa a receber o maior salário do planeta: US$ 5 milhões por ano.
Melhor do mundo (2) – Em 1997, seu primeiro ano na Itália, marca 25 gols e ganha o apelido de Fenômeno, alcunha que nunca mais desgrudou de sua carreira. O sucesso imediato se reflete imediamente na marca Ronaldo. Uma pesquisa aponta que o atacante é o atleta do momento mais conhecido do planeta, à frente de Michael Jordan. Ao fim da temporada, com 480 pontos contra 65 do segundo colado, o também brasileiro Roberto Carlos, é eleito, pela segunda vez, o "melhor do mundo" pela Fifa.
Amarelão? – Chega à Copa da França embalado pelos títulos individuais e pelo sucesso no primeiro ano de Itália, mas não consegue levar o país a mais um título mundial. O motivo, pra lá de inusitado, uma convulsão no dia da final com os franceses. Até hoje o assunto não foi totalmente esclarecido – e Ronaldo tem de conviver com o rótulo de amarelão.
Drama – Logo em sua primeira partida após a recuperação, na final da Copa da Itália contra a Lazio, em 2000, Ronaldo rompe completamente o tendão do joelho direito. Cena impressionante. O mundo fica em silêncio, enquanto o Fenômero chora estendido no gramado. Passa a ser duramente questionado.
Retorno – Mas Ronaldo voltou. Em 2001, para a surpresa de muitos, participa e marca um gol no amistoso dda Inter de Milão contra o Enyimba, da Nigéria.
Consagração – Luiz Felipe Scolari espera até o último instante para ter Ronaldo na Copa de 2002. E não se decepciona. O Fenômeno, em forma como há muito não via, marca oito gols, incluindo os dois da final contra a Alemanha, e leva o Brasil ao penta. Ao fim da temporada, ganha da Fifa pela terceira vez o prêmio de melhor do mundo.
Real Madrid – O casamento com Milão, porém, chega ao fim. Encantado com a proposta de formar um time "Galáctico" no Real, Ronaldo vai para Madri se juntar a Zidane, Figo e Beckham. É artilheiro e campeão espanhol, mas não consegue nenhuma Liga dos Campeões, o que gera rusgas na relação.
Paz no mundo – Estreia efetivamente como embaixador da Unicef ao liderar, em 2004, a seleção brasileira no histórico amistoso no Haiti.
Casamento (2) – Ronaldo passa a ter mais destaque nas revistas de fofoca, graças ao efêmero casamento com a apresentadora Daniela Cicarelli, no Castelo de Chantilly, em Paris. A união durou apenas três meses.
Tchau, Pelé – Visivelmente fora de forma, Ronaldo chega ao Mundial da Alemanha liderando um quadrado mágico que tinha ainda Adriano, Ronaldinho e Kaká. O time, porém, cai ante a França nas quartas de final – e o jogador passa a conviver com o apelido de Gordo. Como consolo, com os três gols marcados no torneio, chega a 15 em Copas, se tornando o maior artilheiro da história da competição.
Milan – Deixa Madri pelas portas do fundo, em 2007, após brigar com o técnico Fabio Capello. Desembarca em Milão de novo, desta vez no Milan. A passagem, porém, dura pouco. O Rubro-Negro decide romper o contrato com o jogador após mais uma grave lesão – rompimento do tendão patelar do joelho esquerdo.
Flamengo – Volta o Brasil para se recuperar no Flamengo. Ensaia assinar com o clube do coração, mas vira "inimigo da nação" ao trocar a paixão pelo Corinthians.
Corinthians – Retorno em grande estilo. É o grande nome do Timão nos títulos paulista e da Copa do Brasil, em 2009. Mas, assim como no Real Madrid, não vence o torneio continental, obsessão da Fiel. Cobrado, criticado e xingado, decide antecipar o fim da carreira. Uma carreira, sem dúvida, fenomenal.
Texto: Gazeta do Povo - foto: Divulgação
Programa Intervalo no Esporte (18:00 as 19:00 hrs) – Radio Cidade – www.cidade104fm.com.br
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