terça-feira, 22 de novembro de 2016

Moradores de Ortigueira tomam plenário da Câmara em protesto



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC Imagem: Divulgação


Moradores de Ortigueira, na região dos Campos Gerais, tomaram o plenário da Câmara de Vereadores na tarde desta segunda-feira (21) em protesto contra a votação de um projeto de lei da Mesa Diretora que cria um cargo comissionado no Legislativo. Conforme o projeto de lei, o cargo comissionado a ser criado será para a função de secretário-executivo da presidência da Casa, com salário de R$ 6 mil.
De acordo com o presidente da Câmara, Francisco Leônidas Carneiro (DEM), com a criação desse novo cargo, duas vagas em comissão existentes, mas que atualmente não são ocupadas por nenhuma pessoa, serão excluídas do quadro de pessoal da Câmara. As vagas existentes são destinadas para líderes de bancadas e os salários são de R$ 4.860.
“Na ausência do presidente, em caso de alguma viagem, o secretário executivo da presidência vai poder responder. Para o ano que vem, a Câmara terá novos vereadores que não terão conhecimento do Legislativo, das leis. Essa pessoa vai orientá-los, vai direcioná-los.  É bom esclarecer que ninguém está determinando que esse funcionário será contratado de imediato, tudo vai depender do próximo presidente”, explica o presidente da Câmara.
Para a população, a criação de projeto de lei que cria um novo cargo foi feita para beneficiar o atual presidente do Legislativo, que não conseguiu se eleger para a próxima legislatura. “A criação de cargo não passa de uma manobra que a mesa diretora da Câmara encontrou para beneficiar o presidente da Câmara que não conseguiu se eleger. Um advogado do município de Ortigueira ganha R$ 2,5 mil, mas esse cargo criado pelos vereadores não exige qualificação nenhuma e mesmo assim vai receber R$ 6 mil. É muito estranho”, diz a advogada Shariani Pabla Bianchini.
O presidente da Câmara alega que o cargo ajudará a reduzir custos e diz que não será beneficiado. "O próximo presidente é que vai definir se vai contratar alguém para a função ou não, e quem vai ser essa pessoa. Não há possibilidade de retirada do projeto. Se o Poder Legislativo abrir mão desse projeto, vamos ter que retirar outros projetos porque meia dúzia de moradores foram contrários”, enfatiza Francisco Leônidas Carneiro.
A primeira votação ocorreu na sexta-feira (18), e os moradores também fizeram um protesto em frente à Câmara. Nesta segunda-feira, a população deixou o plenário após a mesa diretora da Casa se comprometer a responder perguntas antes da votação que será realizada às 10h de terça-feira (22).
“Amanhã estaremos na Câmara cedinho para pressionar os vereadores a retirarem esse projeto de pauta. O cargo não condiz com a realidade econômica do município, esse projeto é um absurdo”, finaliza Shariani Bianchini.

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