sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Ciclista de Rio Azul pedala até Aparecida do Norte para cumprir promessa

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA Imagem: Divulgação
O ciclista de Rio Azul, Heinz Denzer, de 54 anos, percorre de bicicleta todos os anos o Caminho da Fé, que vai do sul de Minas Gerais até Aparecida do Norte, no estado de São Paulo. São 1.100 quilômetros em uma bicicleta Ranger Afrikan, modelo 1992.
O trajeto faz parte de uma promessa que o ciclista cumpre nos últimos quatro anos. “Depois eu fiz uma promessa na minha vida, por causa de um problema no joelho. Agora estou cumprindo ela, quando que eu faço o famoso Caminho da Fé, que começa em Águas da Prata (MG) e vai até Aparecida do Norte (SP)”, conta.
São mais três viagens para cumprir a promessa. A quarta viagem aconteceu no fim do ano passado. Heiz saiu de Rio Azul no dia 17 de dezembro rumo ao sul de Minas Gerais. No estado, seguiu mais 320 quilômetros, partindo de Águas da Prata (MG) até o destino final. No dia 30 de dezembro, Heinz chegou em Aparecida do Norte (SP).
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Somando as quatro vezes em que fez o percurso, são mais de 4 mil quilômetros somente de bicicleta.
Nessas andanças, Heinz conta que já passou por chuva e dificuldades com a bicicleta. No entanto, o segredo está em ter controle do psicológico. “O maior desafio é sempre o psicológico e a bagagem da saudade. Esse é o maior desafio. Os outros nem são tantos. Já tive pneu estourado, muita câmera furada, tempestade, temporal. Mas o maior desafio sempre é a solidão da estrada. Ela é cruel”, disse.
O ciclista destaca que os obstáculos são vencidos com persistência. “Se você persistir, você chega lá no final. Era uma chuva. Você tem que se adequar a ela. Era só uma chuva. Não era tanta coisa, tão difícil. No final, era pedalar e pedalar. Daí você chega a ver que você tem que ter persistência”, conta.
Heinz explica que a rotina durante os trajetos é solitária. “Você tem dias que você pedala a manhã inteira sozinho. Chega na hora do almoço, você encosta num posto de gasolina, pega uma marmita ou almoça e sai pedalando. Geralmente você passa a tarde sozinho. Você chega no hotel ou qualquer lugar que você vai dormir – eu já dormi em posto de gasolina, eu já dormi em ponto de ônibus, em abrigo de quarto de repouso para motorista, em casa de pessoas estranhas que outras pessoas me arrumaram, em tal cidade, quando eu fui para Aparecida, quando eu fui para Santa Catarina. Você tem que lidar com esse dia a dia. De você lidar com o povo, com as pessoas e teu próprio psicológico no final”, explica.
Fazer uma viagem de bicicleta não é uma novidade para Heiz. O ciclista começou a se tornar profissional após uma separação de seu casamento
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Morador de Rio Azul há 18 anos, Heinz vive atualmente com seu filho, com quem já teve a oportunidade de completar uma viagem junto.
Com a bicicleta, o ciclista visitou diversos lugares do país, como a Serra do Rio do Rastro, a Terra do Fogo Branco em Urubici, em Santa Catarina e a estátua do Cristo, na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul.
Todas as viagens são feitas em uma bicicleta de ferro, a Ranger Afrikan, modelo 1992, apelidada de Bandida. “É um modelo da primeira mountain bike da Monark. É um quadro de ferro com dois pneus de Monark, aro 26 por 1,5, que é o 26 alto. Trocador comum de sete marcha e atrás uma coroa comum de sete marcha, corrente. Essa é a minha bicicleta”, conta.
Mochila 
Para enfrentar o desafio, o equipamento é limitado. Na mochila, o ciclista leva apenas uma muda de roupa, com calção, camiseta e calça de moletom. Um saco de dormir e um colchão inflável também são itens indispensáveis para os dias de camping. O equipamento ainda conta com itens de higiene pessoal, remédios para dor e pomada para assadura. A mochila também carrega uma capa de chuva e uma calça de chuva, além de bolachas para quando tiver alguma fome.
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Custeio 
A viagem é paga pelo próprio ciclista, que também recebe ajuda de alguns amigos. “Eu tenho apoio de uns e outros amigos, que chegam e entram em contato comigo. ‘Quanto que é o hotel?’. ‘O hotel é o valor X’. ‘Eu vou fazer um Pix para você e você vai dormir no hotel hoje’. ‘Eu mandei R$ 50 para você almoçar hoje, almoce bem tranquilo’. Eu sento e como bem mesmo, porque a ordem foi essa. O amigo me deu R$ 50 para comer, não para guardar”, conta.
Autoconhecimento 
O ciclista conta que as viagens de bicicleta são um momento de autoconhecimento. “A maior viagem que eu faço é sempre dentro de mim mesmo. Eu tentar me corrigir, tentar ser melhor, levar minha vida melhor, levar uma vida mais saudável. Eu acho que é auto compreensão. Entender eu mesmo e eu faço não porque eu quero lucrar um monte. Eu tenho ajuda de alguns amigos e pessoas na internet que me ajudam, mas eu procuro sempre fazer para eu me sentir feliz. A minha maior realização nessas viagens é que eu me sinta feliz. Não interessa se eu tenho que pedalar 120 km no dia. Eu me sinto bem no final do dia”, afirma.
Você pode acompanhar o ciclista em suas redes sociais. No Instagram, o perfil é @heinzdenzer e no Facebook, o perfil é www.facebook.com/heinz.denzer.7.

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