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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: PFA Polícia Federal encontrou quase R$ 125 mil em notas, entre dólares, euros e reais na casa de Bruno Heller, suspeito de ser o maior devastador da Amazônia já investigado e
preso nesta quinta-feira (3). Parte do dinheiro estava no fundo falso
de um bidê ao lado da cama na casa em que o homem foi detido.
O investigado estava com uma arma ilegal e 350 gramas de ouro bruto,
supostamente com origem em garimpo ilegal, motivos para prisão em
flagrante, segundo a Polícia Federal.
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Ainda de acordo com a PF ocorreram durante mandados de busca e
apreensão na Operação Retomada, que investiga registros fraudulentos de
terras para desmatamento. Bruno Heller foi detido em Novo Progresso (PA) e levado ao presídio de Itaituba, no sudoeste do Pará. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia conseguido contato com a defesa do empresário.
"Durante as buscas, foi possível encontrar a quantia, bem como mais de trezentas gramas de ouro bruto sem qualquer documentação de origem. Provavelmente esse ouro é de origem ilícita, de garimpos ilegais, informou o delegado Manoel Neto.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Novo Progresso e em Sinop,
no Mato Grosso. A Justiça ainda determinou o bloqueio de 16 fazendas,
10 mil cabeças de gado e R$ 116 milhões, pertencentes ao grupo criminoso
do qual o preso é apontado como chefe.
O preso seria o chefe de um grupo criminoso suspeito de registrar
terras no nome de terceiros, de forma fraudulenta, no Cadastro Ambiental
Rural. Os registros são feitos principalmente no nome de parentes. Depois, eles desmatam as áreas e as destinariam para criação de gado. As investigações seguem para identificar mais envolvidos.
Foram constatados o desmatamento de
mais de 6.500 hectares de floresta, o equivalente à quase quatro ilhas
de Fernando de Noronha. O inquérito policial identificou que o suspeito e seu grupo teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União.
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"Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a
terras indígenas e unidades de conservação", pontuou a polícia.
Ele já foi alvo de 11 autuações e seis embargos do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) por
irregularidades. Perícias indicaram a existência de danos ambientais
ocasionados por suas atividades também na Terra Indígena Baú.
"O inquérito policial identificou que o suspeito e seu grupo teriam se
apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Além disso, já
foram constatados o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta, o
equivalente a quase quatro Ilhas de Fernando de Noronha (PE), com
indícios de um único autor ser o responsável pela destruição ambiental.
Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a
terras indígenas e unidades de conservação", diz a PF.
Assim, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se
sentiriam protegidos contra eventuais processos criminais ou
administrativos, os quais seriam direcionados aos participantes sem
patrimônio.
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