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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: Agência EstadoNo Brasil, 0,01% da população integra um grupo composto por 20 mil pessoas chamado de super-ricos
que acumula, em média, R$ 151 milhões de riquezas no total. Enquanto
isso, os valores de pagamento de Imposto de Renda de Pessoa Física é
quase metade do percentual de pobres, que pagam 26,4% e os super-ricos,
19,2%. Os dados são da Ação Brasileira de Combate às Desigualdades
(ABCD).
Os índices foram apresentados nesta quinta-feira (30/8) durante o lançamento da Frente Parlamentar Contra a Desigualdade Social, no Congresso Nacional.
Segundo o estudo, enquanto 20 mil pessoas detém, em média, R$ 150
milhões, 7,6 milhões de brasileiros vivem em situação de extrema
pobreza, cuja renda per capita é inferior a R$ 150 por mês. Os 10% mais
ricos ganham 14,4 vezes mais do que os 40% mais pobres, em média,
segundo o rendimento mensal domiciliar per capita.
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Aqueles que possuem renda média maior a 320 salários mínimo, ou seja
R$ 422 mil, pagam uma alíquota de 5,43% de IR. Enquanto a classe média é
a maior pagadora, com quase 11,25% entre os que ganham de 15 a 20
salários mínimos, entre R$ 19,8 mil e R$ 26,4 mil.
O cálculo é feito por meio da tributação indireta – quando um imposto
é embutido no valor final de um produto ao consumidor -, os que menos
ganham são os que pagam mais impostos.
Mortalidade infantil e insegurança alimentar
Em um dos pontos citados pelo estudo da ABCD, os mais pobres são
afetados pela falta de condições mínimas desde o seu nascimento. Parte
expressiva da população ainda mora em áreas precárias ou de risco e
apresenta maior risco de morte por conta da ausência de serviços
adequados de saúde. No último ano, mais de 3 crianças com menos de 1 ano
morreram por hora, quase 90 por dia, totalizando 31.856 óbitos no ano.
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As áreas mais afetadas se concentram na região norte do país, onde o índice de mortalidade infantil é 59%.
Em relação à insegurança alimentar, 5 estados se destacam em escalas
mais severas: Alagoas (54,9%), Piauí (54,3%), Ceará (52,6%), Pará
(52,4%) e Maranhão (51,1%).
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