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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
A declaração foi feita nesta sexta-feira (2) em coletiva de imprensa.
Segundo a polícia, a mulher chegou a fazer "estudos" sobre como
descartar os corpos. Leia mais abaixo.
"Ela sofria com essa intenção de viver uma nova vida, na qual ela não
seria mãe, não teria responsabilidade de cuidar dos filhos, e poderia
viver uma vida tal qual o pai do menino como ela revela muito bem nas
cartas dela, esse recalque que ela tinha, enquanto estava cuidando das
crianças", afirmou a delegada.
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Os corpos das crianças foram encontrados em cima da cama do imóvel. A mulher de 31 anos foi presa no final de agosto.
Ao g1,
a defesa afirmou ser imprescindível a suspeita ser submetida a uma
avaliação psiquiátrica, o que já foi solicitado no processo.
Câmeras de segurança do hall do prédio onde os corpos foram encontrados
registraram, segundo a polícia, as últimas vezes em que as crianças
foram vistas. As gravações são do dia 11 de agosto.
Crianças teriam sido isoladas da família
A delegada responsável pelo caso afirmou que, segundo as investigações,
após se mudar para Guarapuava, a mãe isolou as crianças de membros da
família.
"A suspeita quis desde sempre viver uma nova vida e é por isso que ela
escolheu outra cidade. Isolou essas crianças de qualquer membro da
família, não criou nenhum vínculo próximo com ninguém, de forma a fazer
com que a falta dessas crianças não fosse sentida", afirmou Hass.
Para a delegada, a polícia tem indícios suficientes para acreditar que a
mãe premeditou o crime. Um indicativo, segundo Ana Hass, é que a
suspeita antecipou a festa de aniversário dos filhos.
Aos policiais, a mulher afirmou que antecipou a comemoração porque
tinha intenção de cometer suicídio, mas a delegada descartou a
possibilidade.
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"A antecipação da festa de aniversário não era porque ela não estaria
aqui, mas sim porque as crianças não estariam aqui", disse a delegada.
'Estudo' para se livrar dos corpos
As investigações, disse a delegada, indicam que a mulher tinha a
intenção de se livrar dos corpos dos filhos. Para isso, a mãe fez um
estudo das câmeras do prédio.
A delegada afirmou que a suspeita percebeu que não conseguiria se livrar dos corpos sem ser vista.
"Ela faz um estudo acerca das câmeras do prédio, tanto que ela printa o
aplicativo onde aparecem todas as câmeras de monitoramento. Em algum
momento, ela se deu conta que essa primeira tentativa de viver a sua
nova vida simplesmente dando um cabo dos filhos não daria certo",
afirmou.
A partir disso, ainda segundo a delegada, a mulher passou a buscar alternativas para descartar os corpos.
"Quando ela se deu conta disso passou a bolar novas estratégias [...]
até o momento em que ela exauriu as possibilidades de esconder o odor
que já transcendia as paredes, janelas e porta do apartamento. Ela
passou a adotar, então, a sua última cartada, essa confissão parcial,
entregando-se à polícia como se uma pessoa surtada fosse", disse Hass.
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