By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RIC MAIS – Imagem: Divulgação
A Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu recuperar mensagens apagadas do celular de Monique Medeiros da Costa Silva de Almeida, mãe do menino Henry Borel, que morreu por causa de torturas de seu padrasto, o vereador do Rio de Janeiro, Dr. Jairinho (afastado do Solidariedade). Nas mensagens, a babá do menino, Thayná de Oliveira Ferrreira, narra em tempo real à Monique a tortura sofrida por Henry no dia 12 de fevereiro, 26 dias antes do menino morrer.Continua depois da publicidade
Monique fez prints das mensagens de Whats App, trocadas com a babá, e depois as apagou do celular. Porém a Polícia Civil conseguiu recuperar todas as imagens da galeria do celular de Monique usando um software israelense chamado Cellebrite Premium.
Monique não estava em casa. Por isso, Thayná vai narrando o que estava acontecendo no apartamento. Jairinho, que normalmente não está em casa naquele horário, chegou e chamou o menino ao quarto do casal. Fechou a porta e aumentou o volume da TV. Neste tempo, o menino chamou a babá. Porém quando ela disse “oi”, as vozes de Henry e de Jairinho silenciaram no quarto.
Thayná ficou sem saber o que fazer, se batia na porta, se abria. Ela
estava preocupada, já que não seria a primeira vez que percebia algo
estranho ocorrendo. Até que Henry saiu de lá, reclamando de dor no joelho e na cabeça
e não queria sair do lado da babá. Neste meio tempo, Jairinho saiu de
casa. E mesmo com o padrastro fora de casa, Henry sequer queria entrar
no corredor que dá acesso aos quartos, assustado.
Thayná foi mandando fotos do menino junto com ela na sala, até Monique
chegar, ao mesmo tempo que ia tentando tirar da criança o que foi que
aconteceu dentro do quarto. Henry mostrou hematomas e revelou que levou uma “banda” (rasteira) e um chute do vereador. E foi quando ele caiu e bateu a cabeça no chão. Por isso ela estava doendo.
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Foi quando Thayná, em acordo com a mãe da criança através das mensagens,
combinou com Henry que toda vez que Jairinho estivesse em casa, sem
Monique, a babá o convidaria para ir na brinquedoteca do prédio e o
menino aceitaria, com o intuito de protegê-lo. Foram quase duas horas de troca de mensagens até Monique chegar em casa.
Foi por causa destas mensagens que a polícia pediu a prisão de Monique e Jairinho
– detidos nesta quinta-feira na casa de parentes de Monique, em Bangu,
no Rio de Janeiro. As mensagens são uma prova contundente de que o padrasto agredia o menino e de que Monique sabia de tudo e se calou diante da polícia. Mentiu em depoimento e se manteve ao lado do vereador.
O que a polícia não sabe ainda é porque Monique tomou essa atitude e a babá se calou, dizendo que nada sabia sobre torturas.
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