By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BAND NEWS FM – Imagem: Divulgação
Desde a notícia do corte no orçamento, a UFPR opera no limite e precisou adotar medidas restritivas durante o período de férias, como suspensão dos serviços dos Restaurantes Universitários e a redução de solicitações de diárias de natureza acadêmica e institucional.
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Segundo o
reitor, a baliza de gastos para cada mês era de 8%, dentro dos 70%
restantes após o bloqueio da administração federal. No entanto, Ricardo Marcelo fala que, principalmente nos meses de julho e agosto, esse valor foi reduzido para 5% do limite orçamentário.
O reitor ainda fala que caso os recursos não sejam restabelecidos pelo governo federal, a instituição ficará sem dinheiro para pagar contas básicas a partir do próximo mês, como água, luz e contratos terceirizados. De acordo com ele, áreas mais afetadas são as que dependem de insumos, de pesquisas experimentais e materiais de laboratório.
Para 2019, a Universidade Federal do Paraná tem um orçamento total de 161 milhões de reais. Pelo menos 20 milhões, para pagamento de bolsas de estudo a alunos carentes, não foram afetados com o bloqueio do governo federal. Da integralidade da verba para este ano, a instituição já gastou 80 milhões no primeiro semestre, ou seja, sobram para os próximos meses apenas 10 milhões de reais para manter toda a estrutura da Universidade.
Mesmo frente a um cenário financeiro totalmente restrito, o reitor da UFPR ainda acredita em uma mudança orçamentária.
O reitor ainda falou sobre o programa Future-se, proposto pelo Ministério da Educação com o objetivo de aumentar a autonomia administrativa das universidades federais.
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Como algumas instituições
federais do país sofrem com contingenciamentos e alegam que têm suas
atividades prejudicadas com os bloqueios de orçamento, a solução
apresentada pelo governo é firmar parcerias entre a União, as
universidades e as organizações sociais. Apesar das críticas, Ricardo Marcelo Fonseca assegurou que não existe rejeição à proposta e que a universidade está aberta a novas possibilidades de captação de recursos, desde que seja mantida a autonomia universitária.
Até o dia 15 de agosto, qualquer cidadão pode se cadastrar na consulta pública e fazer sugestões e comentários sobre a ideia que foi apresentada. Depois, o MEC vai compilar as respostas e analisar se fará mudanças no texto. Só então o Future-se será apresentado ao Congresso Nacional – segundo a pasta, sob a forma de um projeto de lei ou de um decreto do Poder Executivo.
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